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Futuro adversário de José Aldo no UFC quase abandonou a carreira há 2 anos

Do UOL, em São Paulo

30/03/2015 12h53

Futuro adversário de José Aldo no UFC 189, valendo o cinturão dos pesos-penas da organização, no dia 11 de julho, o irlândes Conor McGregor afirmou ao site “Bloody Elbow” que esteve muito perto do abandonar o MMA há cerca de dois anos, por conta da instabilidade que sua carreira passava.

“Fora do UFC, o MMA não é financeiramente seguro. Eu não estava certo sobre o que fazer. Um grande companheiro de treinos estava passando por muitos problemas após uma carreira longa no MMA. Mesmo com dois cinturões do Cage Warriors, dos penas e dos leves, o UFC não me ligava e eu passei a achar que não queria mais essa vida, e que talvez ela não fosse para mim”, explicou o irlandês.

Atualmente, McGregor é um lutador reconhecido no UFC, com um card de cinco vitórias e nenhuma derrota na organização. Antes disso, no entanto, o medo de sua carreira seguir o mesmo passo da de um amigo assustou o irlandês.

“’Se aconteceu com meu amigo, que havia começado comigo, tinha nível para estar no UFC e agora não podia mais competir, podia acontecer comigo também’, eu pensava. Ele nunca tinha tido a chance de se provar no UFC, e eu achava que também não teria. Com isso na cabeça, eu decidi deixar o MMA. Fiquei sem treinar por três ou quatro semanas, o que hoje é impossível de acontecer”.

O desespero era tanto que McGregor chegou a não atender mais os telefonemas de seu treinador, John Kavanagh.

“Um dia eu estava no carro de um amigo meu e o meu telefone começou a tocar. Era da Islândia. Meu técnico estava lá com meu parceiro Gunnar Nelson, que se preparava para lutar. O telefone tocou sem parar, e eu não queria atender, porque estava sem treinar havia um mês, só dando aulas de boxe uma vez por semana, sempre às terças-feiras, nesse período. Fora esse dia, eu sumia de lá. Não mandava mensagens, não aparecia para nada. Para mim, era o fim da linha como lutador. E foi assim por mais algum tempo, até que, não sei por que, decidi atender meu treinador, que não parava de me ligar. Ele foi direto: perguntou-me se eu estaria pronto para estrear no UFC em nove semanas. Eu disse que sim e, logo que desliguei o telefone, tive uma longa conversa comigo mesmo. Pensei que os caminhos podem ser tortuosos, mas esse era o meu destino. Decidi que, dali em diante, eu me dedicaria completamente ao MMA”, completou.