Com direito a tapas no peito, Cielo se prepara para disputar semi dos 50m livre do Maria Lenk
Sem precisar fazer muita força, o campeão olímpico Cesar Cielo segue brilhando no Troféu Maria Lenk, disputado em Santos até domingo. Nesta terça-feira, ele fez o segundo melhor tempo das semifinais dos 50m livre, com 22s55. Quem brilhou mais na primeira etapa das finais da competição, porém, foi Tales Cerdeira.
Filho do ex-árbitro Cláudio Cerdeira, ele venceu os 200m peito com 2min10s91. A marca é a quinta melhor do mundo em 2010 – o melhor tempo do ano é de Ryo Tateishi, com 2min09s21. “Eu sabia que podia fazer esse tempo. Passei mais controlado nos primeiros 150 metros e nos últimos 50 eu gastei tudo o que tinha de energia”, explicou o nadador.
Ele bateu, na final, o grande favorito da prova, Henrique Barbosa. Após passar o primeiro semestre em Auburn, ele definiu que os 100m peito, e não os 200m, serão sua prioridade. “Lá em Auburn ninguém treina para 200m. É todo mundo velocista. Conversei com o Brett (Hawke, seu técnico) e definimos que esse será o foco. Até o ano passado, a perna não queimava assim no final”, disse Henrique. “Mesmo assim, é o melhor tempo da minha vida sem contar o ano passado”.
Pouco depois, foi a vez de Cielo cair na piscina. E, se na segunda-feira, o que atrapalhou o tempo foram as dores nas costas, dessa vez foi a arbitragem. “Ficamos muito tempo em cima do bloco. Eu achei que o juiz iria pedir para a gente descer, mas ele liberou a largada. Eu estava desconcentrado e acabei demorando para sair”, disse o campeão olímpico.
O melhor do dia nos 50m livre foi Bruno Fratus, ex-parceiro de treinos de Cielo no Pinheiros. O jovem de 20 anos marcou 22s29. Minutos depois, Fratus voltou a cair na piscina para bater Cielo novamente. No revezamento 4x50m, o Pinheiros foi o campeão com 1min29s67. Cielo e o Flamengo, que marcaram 1min29s91 na série de segunda-feira, ficaram em segundo lugar.
“Entramos motivados. O Cielo e o Nicholas (Santos) eram dois nadadores muito importantes do nosso revezamento, mas sabíamos que podíamos chegar a esse tempo”, comemorou Fratus. “É ruim não ter os dois mais na equipe, mas a relação com eles continua a mesma”.
Para Cielo, o segundo lugar foi bom para a equipe. “No ano passado, nem tínhamos um revezamento e hoje já estamos aqui, fazendo um Top-3. Sem contar que os outros dois garotos que nadaram nem sabiam fazer a transição, tivemos de ensinar no aquecimento. Mas é bem divertido o que está acontecendo”, falou Cielo.
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