! UOL Esporte - Retrospectiva 2006

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Insuperável, Roger Federer bate mais recordes
e expande sua dinastia no circuito profissional

O tênis em 2006 ficou ainda mais de Roger Federer. Depois de conquistar 12 títulos no ano - entre eles, Aberto da Austrália, Wimbledon, Aberto dos Estados Unidos e, por fim, a Masters Cup -, o suíço estabeleceu uma nova série de recordes que só pode assustar a concorrência atual e preocupar a velha escola vencedora da modalidade, já que a sensação no circuito é a de que ainda há mais por vir.

Em 97 jogos no ano, Federer saiu vencedor em 92. O retrospecto lhe rendeu uma premiação total de US$ 8,3 milhões - a mais polpuda que o circuito já viu. Além disso, tornou-se o tenista a acumular o maior número de pontos no ranking (8.370).

A supremacia do atleta 25 anos é tanta que ele poderia ficar afastado até março e, ainda assim, quebraria o recorde de Jimmy Connors como o homem que estendeu a série mais longa de semanas no topo do ranking mundial. No dia 26 de fevereiro, o suíço vai superar as 160 semanas do legendário norte-americano, hoje técnico de Andy Roddick e responsável pela "ressurreição" do tenista.
Crédito "Hawk Eye"
Replay para pontos polêmicos é usado em muitos torneios
Crédito James Blake
Levou cinco taças e assumiu o posto de número um do ranking dos EUA
Crédito Justine Henin
Belga fecha o ano como a melhor do mundo, deixando lesões para trás
"Acho que esse é definitivamente um dos maiores recordes que já consegui quebrar, talvez o maior de minha carreira até agora", comentou Federer. "Estou aguardando a data e, quando ela chegar, vou comemorar."

A lista de feitos, na verdade, é interminável: ele é o primeiro a vencer mais de dez títulos em três temporadas consecutivas; primeiro a conquistar mais de 90 vitórias em uma temporada desde o tcheco naturalizado norte-americano Ivan Lendl, em 1982; e foi o primeiro a disputar seis finais seguidas de torneios Grand Slam.

As conquistas em Londres e Nova York, só ampliam o currículo de recordes. Federer se tornou o primeiro tenista a conquistar Wimbledon e Aberto dos Estados Unidos por três anos seguidos. Juntou-se ao norte-americano Richard Sears e ao britânico Briton Will Renshaw como os únicos que venceram um sétimo Grand Slam depois de levar o título do Aberto da Austrália. Por fim, derrubou mais uma figura mítica do esporte, ao superar o recorde do sueco Bjorn Borg de vitórias consecutivas em grama (41) - tem agora 48.

O suíço se considerou surpreso como seu desempenho, sem falsa modéstia. "Chegar a esse ponto em minha carreira me deixa muito feliz. Estou satisfeito com meu jogo; foi um longo caminho até aqui e estou sem palavras para descrever essa performance."

"Foi um final perfeito de uma temporada incrível. Não poderia ter feito muito mais do que consegui fazer. Dei tudo de mim em cada torneio. Terminar assim, no topo, é algo surpreendente até mesmo para mim."

Das cinco derrotas de Federer no ano é que se podem tirar outros fatos de destaque da temporada. Quatro delas foram para o número dois do mundo, Rafael Nadal, o único que ofereceu uma resistência consistente ao poderio do rival, principalmente no piso de sua especialidade.

Argentina
Fecha ano só com Nalbandian no top 10 após queda de Gaudio e Coria
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Lleyton Hewitt
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Kim Clijsters
Ano de lesões faz a belga anunciar que deixará o tênis em 2007, aos 24
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O espanhol levou a melhor em confrontos nas finais do Torneio de Doha, em quadra rápida, e nos Masters Series de Monte Carlo e Roma e Roland Garros. Essas últimas três competições confirmaram sua condição de atual "Rei do Saibro".

A outra derrota de Federer no ano saiu contra o escocês Andy Murray, na segunda rodada do Masters Series de Cincinnati. E Murray, aos 19 anos, é um dos adolescentes que ascendem no desgastante circuito profissional - em San Jose (EUA), conquistou sua primeira taça. O sérvio Novak Djokovic, 19, conquistou dois títulos no ano - Amersfoort (HOL) e Metz (FRA) e afirmou que sonha desbancar Nadal e Federer no topo do ranking. Neste ano ele ganhou 52 posições e é o atual 16º, seguido por Murray e pelo francês Richard Gasquet, que completou 20 anos. Gasquet ficou com três troféus, em três pisos diferentes: grama de Nottingham (ING), saibro de Gstaad (SUI) e carpete de Lyon (FRA). Sem contar o próprio Nadal, outro que fez 20 anos, em junho.

Entre os tenistas que encerraram o ano no top 10, o russo Nikolay Davydenko (campeão do Masters Series de Paris) e o norte-americano James Blake (vice-campeão da Masters Cup) foram dois tenistas que cumpriram uma temporada acima da média. Conquistaram cinco títulos cada. A soma dos pontos dos dois atletas é de 5.355. Mais de três mil abaixo da marca de Federer.

UOL News
Agassi se despede, e Federer amplia hegemonia no tênis mundial

Ano apagado dos tenistas brasileiros
Enquanto Gustavo Kuerten tenta voltar a jogar em alto nível no circuito profissional, o tênis brasileiro agoniza com a exclusão de seus tenistas do grupo dos 100 melhores do ranking de entradas.

Depois de um ano "inspirado" no circuito Challenger em 2005, o gaúcho Marcos Daniel despencou na lista, sem conseguir muito sucesso em torneios ATP: cinco vitórias em 21 jogos.

Flavio Saretta e Ricardo Mello falharam novamente em retornar ao grupo dos 100 e tiveram desempenho decepcionante. O primeiro perdeu dez de seus quatro jogos. O segundo conseguiu somente duas vitórias em nove duelos.

O jovem Thiago Alves, no fim, foi quem terminou a temporada como o número um do país, ocupando a 107ª colocação. Chegou à segunda rodada dos Torneios de Newport e Indianápolis, além da segunda fase do Aberto dos Estados Unidos. Fora apenas a segunda e última vitória brasileira em Grand Slam no ano - Saretta conquistou a outra em Roland Garros.
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