A Federação Inglesa de Futebol (FA) disse nesta quinta-feira que não vê motivos para que o Governo britânico intervenha no controle das partidas e alertou para a possibilidade de punições por parte da Fifa caso isso aconteça.
"A FA acredita que não há justificativa para a intervenção direta do Governo na gestão do futebol inglês", declarou a entidade que regula o esporte na Inglaterra.
A mensagem foi transmitida como resposta às declarações feitas em janeiro pelo ministro de Esportes e Jogos Olímpicos britânico, Hugh Robertson, que afirmou que o tema da gerência do futebol precisa de "atenção e ações".
Além disso, Robertson colocou o futebol como "o esporte mais mal administrado no Reino Unido", onde visitar um estádio a cada fim de semana é uma autêntica religião.
Por sua vez, a Federação Inglesa respondeu dizendo que na nota que as opiniões dos políticos são bem-vindas, mas deixou claro quais seriam os problemas que seriam enfrentados caso os políticos decidissem intervir na forma de reger o esporte nacional.
"Pedimos ao Comitê (do Governo) que apresente em um relatório os exemplos de outras nações onde a 'intervenção direta' ajudou ameaças de possíveis restrições da Fifa", acrescenta o texto.
Nessas linhas, a FA se referiu, por exemplo, ao ocorrido na Nigéria, onde a federação nacional foi ameaçada com a expulsão do organismo máximo do futebol depois que representantes do Governo local tentaram retirar a seleção de futuras competições após o fracasso na Copa do Mundo da África do Sul, em que foi eliminada na primeira fase.
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