Topo

Presidente do River insiste em final no Monumental e diz ter apoio de Macri

Para Rodolfo D"Onofrio, por "vantagem esportiva" do River, final da Libertadores deve ser no Monumental de Nuñez - Jorge Adorno/Reuters
Para Rodolfo D'Onofrio, por "vantagem esportiva" do River, final da Libertadores deve ser no Monumental de Nuñez Imagem: Jorge Adorno/Reuters

27/11/2018 22h22

O presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio, disse nesta terça-feira (27) que a partida de volta da final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, tem que ser disputada no estádio Monumental de Nuñez com torcida local, como estava previsto, e revelou ter o apoio do presidente argentino, Mauricio Macri.

"O River tem uma posição: temos que jogar na nossa casa. E mais: uma pessoa muito, muito próxima ao presidente da nação me informou que ele tinha o interesse de que o jogo tivesse sido disputado no domingo", declarou o dirigente à emissora de rádio argentina La Red. "Também quer e pretende que a partida seja disputada no campo do River e [disse] que vai haver toda a segurança para que isso aconteça", acrescentou.

Após empate em 2 a 2 na ida, em La Bombonera, a volta da decisão da Libertadores deveria ter sido realizada no último sábado (24), no Monumental de Nuñez. Entretanto, torcedores do River apedrejaram o ônibus que levava a delegação do Boca para o estádio e feriram alguns jogadores, como o capitão Pablo Pérez. O motorista do veículo também afirmou que sofreu um apagão de alguns segundos devido ao ataque. O superclássico chegou a ser remarcado para domingo (25), mas acabou suspenso.

O presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, anunciou esta terça-feira (27), depois de se reunir com D'Onofrio e o mandatário do Boca Juniors, Daniel Angelici, que o jogo de volta acontecerá em 8 ou 9 de dezembro fora da Argentina. Cidades como Chapecó, Belo Horizonte e São Paulo e Gênova, na Itália, já se ofereceram para sediar o jogo decisivo. De acordo com o UOL Esporte, as favoritas para receber o jogo são Doha, no Catar, e Assunção, no Paraguai. Miami, nos Estados Unidos, também é cogitada, mas corre por fora na disputa. 

Conforme um comunicado da Conmebol, a entidade se responsabilizará "pelos gastos de viagem, hospedagem, alimentação e translado interno de até 40 pessoas por delegação". 

"Percebi Domínguez duro em sua decisão, mas acredito que quando vir o G20 se dará conta que podemos organizar a partida", argumentou o presidente do River, em referência à Cúpula do G20, que será realizada em Buenos Aires na sexta-feira (30) e no sábado (1º) próximos.

D'Onofrio lembrou que o Boca pôde jogar em casa com o apoio de sua torcida e considera que seria injusto o River não fazer o mesmo. Para decisão do torneio continental, por motivos de segurança, optou-se pela presença apenas de torcida local.

"Aqui há 66 mil pessoas que compraram ingresso, e há uma vantagem esportiva. Por que vão tirá-la de nós? Por que não se pode fazer um jogo de futebol? Não digo que estão roubando o River, mas tirando o espetáculo de 66 mil pessoas", reclamou.

"Esta Copa já perdeu brilho. Do que precisamos? Dar-lhe o brilho adequado. Não pode ser que um River e Boca não possa ser disputado porque houve falha no sistema de segurança. Se houvesse segurança, isso não teria acontecido. Os loucos que estavam lá não estariam", completou o dirigente.

Por fim, D'Onofrio reclamou da postura de Domínguez, que quer levar a partida para outra cidade, e principalmente a de Angelici, que entrou com recurso no Tribunal Disciplinar da Conmebol para que o Boca seja decretado campeão.

"Angelici me diz que tem um compromisso com os seus sócios. Para mim, está claro, é preciso disputar o jogo. Não é nossa culpa, o que falhou foi o sistema de segurança. A mudança de opinião de Angelici me surpreendeu, porque houve acordo com ele e Domínguez para que o jogo acontecesse. Fiquei surpreso que da noite para o dia pediu a desclassificação do River", criticou.