A crise econômica mundial não resultou na retirada total de investimentos de nenhuma das estatais nas confederações brasileiras.
Entretanto, os valores dos patrocínios que expiraram no fim de 2008 mantiveram-se no mesmo patamar, apesar de, a cada renovação, normalmente haver um reajuste, ainda que atrelado aos índices oficiais de inflação.
"O simples fato de mantermos os valores nos mesmos patamares já é uma resposta à crise. Nos anos anteriores, houve reajustes de acordo com os índices de inflação do governo, mas, desta vez, não. Temos que resguardar a situação da empresa neste momento", reconheceu Francisco de Assis Nascimento, gerente de patrocínio dos Correios, que financia as confederações de tênis, futsal e desportos aquáticos.
Os beneficiados pela Caixa sofreram ainda mais. Acostumados a obter um acréscimo significativo de aporte a cada renovação, tiveram de se contentar com os mesmos valores do ano passado.
O Banco do Brasil também admite que manterá, neste ano, os R$ 60 milhões que gastou em esporte em 2008. Já a Confederação Brasileira de Handebol (CBH) foi a mais afetada entre as beneficiadas por estatais. Segundo seu presidente, o valor do contrato com a Petrobras deve sofrer uma redução de 20% a 30% em 2009.
"Para nós, [esse corte] faz uma diferença terrível, que afetaria mais a base", disse Manoel Luiz Oliveira, mandatário da CBH.