O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) obteve em 2008 a sua maior arrecadação com a Lei Piva, mas já admite que o número dificilmente será superado neste ano.
NUZMAN EXPLICA AS APLICAÇÕES |
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 O governo federal repassou mais de R$ 91,9 milhões ao esporte brasileiro no ano passado através da Lei Piva, porém mais de 25% deste valor parou na "estrutura administrativa" do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ou na "manutenção" das confederações esportivas nacionais. |
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"A tendência é que tenha uma queda em virtude de todo o quadro que se vê", explicou o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire nesta quinta-feira, durante a apresentação do balanço dos gastos da Lei Piva e o anúncio das metas das modalidades para os próximos quatro anos.
Em 2008, a Lei Piva rendeu mais de R$ 91,9 milhões, mais de R$ 7 milhões do que o obtido no ano anterior. Conformado, Freire ainda tentou brincar com o fato para minimizar o impacto da possível redução. "A gente sabe que o brasileiro é um povo que gosta de jogar nas loterias. E quando ele está em crise é a hora que recorre mais a isso. Quem sabe isso não nos ajuda?", disse.
O COB já perdeu também dois patrocinadores e busca saídas para compensar a redução de investimentos. "A Lei de Incentivo foi uma grande abertura, um caminho a ser explorado. Fora disso, é questão de analisar ações que podem ser feitas", afirmou o presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman.
Nas últimas semanas, algumas das maiores potências do esporte anunciaram o corte de gastos. O Comitê Olímpico dos EUA (Usoc) divulgou que cortará 15% de seus custos administrativos, já que deve perder US$ 7 milhões da verba estimada para este ano. O mesmo caminho tomou o comitê australiano, e a organização dos Jogos de Londres-2012 também já confirmou a redução dos gastos nas obras das sedes.