A Federação Irlandesa de Futebol (FAI) pediu nesta quinta-feira à Fifa a repetição do jogo contra a França. A FAI lamentou um "grosseiro equívoco do juiz no toque de mão voluntário de Thierry Henry", que ocasionou o gol de empate e a eliminação da equipe.
"Este grosseiro equívoco do juiz prejudicou a integridade do esporte, e pedimos agora à Fifa, como instância mundial de nosso esporte, que ordene a realização de um novo jogo contra a França", disse a FAI em comunicado.
"A prova absoluta trazida pelo vídeo do toque de mão voluntário de Thierry Henry, que permitiu o gol da França na prorrogação, foi vista por milhões de pessoas em todo o mundo", argumentou a FAI.
Contudo, o técnico da seleção irlandesa, o italiano Giovanni Trapattoni, considerou impossível disputar a partida novamente.
A FAI citou como exemplo a anulação pela Fifa do resultado de um jogo de 2005 entre Uzbequistão e Bahrein "com base em um erro técnico do árbitro da partida".
Na quarta-feira, a França selou sua classificação para a Copa ao empatar por 1 a 1 com a Irlanda, no Stade de France. O gol de Gallas na prorrogação, porém, foi marcado por uma irregularidade: antes de o defensor cabecear para as redes, Henry ajeitou a bola com a mão. O juiz Martin Hansson não viu o lance e validou o gol, apesar das reclamações dos irlandeses.
RepercussãoA imprensa irlandesa se mostrou indignada com o lance irregular que definiu a partida. "'A mão de Deus' de Thierry Henry destruiu nosso sonho da Copa", estampou o Independent. Manchetes como "A mão do sapo", "Roubo à luz do dia" e "A trapaça" também foram usadas para se referir ao jogo.
"Ele (Henry) nos disse que merecíamos ganhar. Como acha que estou me sentindo? Isso só me fez sentir pior. Ele admitiu o toque de mão. Está aí para todo mundo ver e não mudarão isso agora. O que podemos fazer? Eles vão para Copa e nós não", lamentou-se Richard Dunne, defensor da seleção irlandesa, em entrevista ao
Independent.