PRETÓRIA, 15 Jun 2010 (AFP) -Na quarta-feira, aniversário dos distúrbios de Soweto ocorridos em 1976, nos quais os negros da África do Sul levantaram-se contra o Apartheid, que teve fim nos anos 1990, os "Bafana Bafana" buscarão ante o Uruguai uma vitória tão emocionada quanto necessária na Copa.
"Os meninos", significado da expressão "Bafana Bafana", enfrentarão os uruguaios no Dia da Juventude, que faz alusão à tragédia de Soweto, quando a polícia, há 34 anos atrás, reprimiu jovens que se manifestavam contra o regime racista no mesmo local onde na última semana ocorreu o show de abertura da Copa do Mundo.
Aquela ação de repressão tinha por objetivo dissolver os protestos da população negra, que saiu às ruas contra uma lei que impunha a língua afrikaans.
Mas no lugar dos gritos de raiva e guerra gerados nos protestos, o que se ouvirá na quarta-feira, mais de três décadas depois, será o som das vuvuzelas, as cornetas de plástico que soam sem parar no torneio mundial.
Para o técnico brasileiro da África do Sul, Carlos Alberto Parreira, "a partida mais importante é a primeira. Todo o mundo estava vendo. A pressão estava ali. Agora nos sentimos cômodos", afirmou Parreira. "Agora está muito claro para todos. É preciso ganhar uma das duas partidas", acrescentou.