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Redes de televisão reclamam do som das 'vuvuzelas' - 18/06/2010 - EFE - Esporte
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18/06/2010 - 07h01

Redes de televisão reclamam do som das 'vuvuzelas'

Madri, 18 jun (EFE).- Os canais de televisão que passam ao vivo os jogos da Copa 2010 estão cada vez mais irritados com o barulho das vuvuzelas, uma invenção que perturba o acompanhamento normal das partidas.

Com o fim da primeira rodada com o jogo da Espanha contra Suíça nesta quarta-feira, é hora das primeiras conclusões sociológicas sobre a Copa e, sem dúvida, a invasão das vuvuzelas monopoliza o mal-estar do público.

As redes de televisão alemã "ARD" e "ZDF" foram as primeiras a reclamar publicamente, incentivadas pela imensa quantidade de queixas que receberam dos seus telespectadores.

No dia 13 de junho o diretor de programação da "ARD", Thomas Wehrle, fez eco no site da "Der Spiegel" à preocupação existente entre os responsáveis dos meios comunicação pelos efeitos desesperadores da popular trombeta usadas pelos torcedores sul-africanos nos ouvidos europeus.

Após testar sem sucesso vários sistemas para diminuir o zumbido, os profissionais voltaram ao velho e bom microfone de mão. O método tradicional permite aproximar o microfone dos lábios e reduzir o barulho do ambiente, o que os espectadores agradecem.

No dia 15 de junho foi a vez da "BBC", que anunciou a possibilidade de transmitir as partidas da Copa sem que os telespectadores tivessem que suportar o barulho. No Reino Unido, teme-se que alguns torcedores possam importar as vuvuzelas para os campeonatos locais. No entanto, fontes da Premier League esclareceram que cada clube tem autonomia para proibir que seus torcedores entrem ou não no estádio com as trombetas.

Por sua vez, o All England Club, que organiza o torneio de tênis de Wimbledon, tomou as rédeas do assunto e anunciou que esta competição será uma "área livre" de vuvuzelas, por isso não mostrará imagens das partidas da Copa em seus telões.

Outro canal que mostrou seu desgosto com o 'espetáculo' das vuvuzelas foi a rede paga "Meo", de Portugal, que ofereceu a seus clientes a possibilidade de prescindir da tortura do som das trombetas que impedem os espectadores e jornalistas de conversarem nas arquibancadas.

A rede explicou que este sistema que permite assistir aos jogos da Copa sem o som ambiente é "gratuita e pioneira em Portugal" e estará disponível para clientes de ADSL e fibra ótica por satélite.

A "Meo", que pertence à "Portugal Telecom", ressaltou que conseguiu esta opção graças a um "processo de filtro do áudio" que permite oferecer duas transmissões: uma com o áudio natural, com o som das vuvuzelas, e outra sem ele.

Nos últimos dias também se tornou comum encontrar torcedores com espécies de tampões nos ouvidos, que apelidados de 'Vuvu' isolam do estrondo que envolve os estádios sul-africanos.

Os tampões, vendidos a 2 euros o par, são capazes de reduzir em até 80 decibéis o som das vuvuzelas.

Andrew Chin e Craig Doonan, os inventores, são dois espertos comerciantes estabelecidos na Cidade do Cabo que souberam enxergar lucros na polêmica que já marca a Copa.

Um estudo da Universidade de Pretória demonstrou que a exposição prolongada ao estrondo das vuvuzelas pode provocar zumbidos nos ouvidos e, inclusive, perdas auditivas.

De fato, segundo os especialistas, ninguém deveria se expor ao som desta invenção a menos de dois metros durante mais de um minuto se não quiser quer perder parte de sua capacidade auditiva.

O Comitê Organizador da Copa chegou a avaliar a proibição das vuvuzelas, mas depois esclareceu que elas "estão aqui para ficar".

Os organizadores pediram aos visitantes respeito por esse símbolo sul-africano."São parte da história da África do Sul. Sua origem vem dos chifres com que nossos ancestrais convocavam suas reuniões", disse o porta-voz do Comitê, Rich Mkhondo.

De fato as vuvuzelas, que imitam o som dos elefantes, começaram a ser usadas na década de 70. Feitas de metal, não chegaram a se popularizar, até que dez anos atrás a China começou a fabricar trombetas de plástico e as exportou maciçamente a um preço muito baixo.

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