Antes do início da fase final da Liga Mundial masculina de vôlei, o Brasil temia uma possível falta de ritmo contra equipes que sacam forte (como são Sérvia e Montenegro, Cuba e Polônia). Depois do jogo desta sexta-feira, o temor mostrou-se infundado. O time soube neutralizar o saque sérvio e estreou com vitória nas finais do torneio.
Mas a principal qualidade do Brasil na vitória de 3 a 1 nesta sexta-feira, na Arena de Belgrado, foi o bloqueio. O país marcou 20 pontos no fundamento, o que representa quase 20% dos pontos obtidos na partida. Na Sérvia, o bloqueio garantiu apenas 10% dos pontos (foram nove conseguidos através do fundamento).
"O nosso número de erros de saque foi elevado, mas o que me surpreendeu positivamente foi o número de pontos de bloqueio", disse o exigente técnico Bernardinho. O capitão Ricardinho também elogiou o desempenho da seleção no fundamento. "Gostei muito do bloqueio. Só tivemos alguns erros de recepção porque eles sacaram muito bem."
Para o líbero Escadinha, o bloqueio funcionou porque o saque brasileiro também saiu forte. "Isso é conseqüência do nosso saque também. É esse o voleibol de hoje, o saque, o saque, o saque...", disse o jogador, que também elogiou a parte defensiva do Brasil. "Hoje a Sérvia veio bombardeando no saque e a recepção conseguiu funcionar."
O oposto André Nascimento, maior pontuador da partida, segue o mesmo raciocínio. "Eles sacaram muito bem e o nosso passe funcionou legal. Foi um bom treino de saque forte", disse.
No lado da Sérvia, a derrota foi explicada por uma falta de agressividade da equipe. "Foi um bom jogo. Acho que devemos eliminar um monte de erros e jogar de forma mais agressiva contra a Polônia", disse o capitão Nikola Grbic. "O jogo foi muito forte tecnicamente. Mas os jogadores estavam pensando no jogo de amanhã (pelas semifinais). E o que fez a diferença foi o melhor bloqueio do Brasil", completou o técnico Ljubomir Travica.'
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