O Brasil começou mal a sua participação nas finais da Liga Mundial masculina de vôlei. Na manhã desta quarta-feira, a seleção não descobriu uma maneira de parar o jogo de força da Bulgária e foi derrotada por 3 sets a 0, com parciais de 25-17, 25-23 e 25-20, em Moscou, na Rússia.
Com o resultado, o Brasil perdeu a invencibilidade na Liga Mundial. A equipe foi a única que venceu todos os jogos na primeira fase. O time não perdia há mais de um ano, quando foi derrotado em casa pelos Estados Unidos na final da Copa América. Ao todo, foram 22 vitórias consecutivas.
A Bulgária, que nas últimas três edições da Liga terminou entre os cinco melhores, usou o saque potente para quebrar o passe brasileiro. Além disso, contou com muitos erros do Brasil, principalmente no primeiro e terceiro sets, para bater os atuais tricampeões da Liga com certa facilidade.
Agora, para manter a chance de título, a seleção brasileira precisa vencer os dois próximos jogos. Nesta quinta, enfrenta o outro rival do grupo F, a Itália, dona de oito títulos na Liga. Na sexta, joga contra um adversário do grupo E, a Rússia, sede da fase final.
Em Moscou, o Brasil defende um tabu. Desde que Bernardinho assumiu o cargo de treinador, em 2001, o time nunca perdeu um campeonato jogando na Europa.
| O técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, apontou o fator físico como um dos principais pontos da derrota do Brasil para a Bulgária na abertura da fase final da Liga Mundial. Leia mais |
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| FORÇA BÚLGARA |
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Para manter a escrita e chegar ao sexto título da Liga Mundial, Bernardinho dividiu o grupo na última semana. Assim, os jogadores considerados titulares foram treinar na Itália, enquanto os outros enfrentaram Portugal em Fortaleza.
O time que começou jogando a partida contra a Bulgária foi formado pelos atletas que treinaram na Itália, com o levantador Ricardinho, os pontas Giba e Dante, o oposto André Nascimento e os centrais Rodrigão e André Heller. A única exceção foi o líbero Escadinha.
Desta forma, Bernardinho decidiu não usar Gustavo. Titular da equipe, o jogador ainda não está na forma ideal, uma vez que ficou dois meses longe das quadras para acompanhar o tratamento da mulher, que estava com um tipo raro de câncer.
Na partida, a Bulgária mostrou qual seria a imagem no jogo desde o primeiro ponto, quando Zhekov bloqueou um ataque de André Nascimento. Em pouco tempo, os búlgaros abriram cinco pontos de vantagem (11-6).
 | BRASIL X BULGÁRIA |  |
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| 25 | Ataques | 41 |
| 5 | Bloqueios | 11 |
| 2 | Aces | 1 |
| 28 | Erros do adversário | 22 |
| 60 | Total de pontos | 75 |
Bernardinho não demorou para mexer na equipe, colocando Marcelinho no lugar de Ricardinho. Entretanto, a mudança não deu resultado. A seleção continuou errando bastante. E um ataque para fora de André Nascimento deu o set à Bulgária, por 25-17.
No segundo set, o Brasil conseguiu equilibrar um pouco mais as ações. A seleção melhorou o passe, e deixou de errar tantos contra-ataques. O time brasileiro chegou a liderar o placar (9-8), após um bloqueio duplo.
Mas a Bulgária não se abateu com a reação dos campeões mundiais e olímpicos. Um ataque para fora de Dante fez com que os búlgaros abrissem quatro pontos de vantagem (15-11).
Bernardinho novamente mudou o time, colocando Anderson, Marcelinho e Murilo. O Brasil reagiu e empatou (21-21) justamente em um ataque de Murilo.
Mas nos momentos finais, a Bulgária usou mais uma vez a força para fechar o set em 25-23.
O resultado parece ter deixado o Brasil desconcentrado. Tanto que a Bulgária fez 4-0 no início do terceiro set. A seleção ainda reagiu, empatando em 5-5, mas não teve consistência para administrar a ascensão.
Assim, a Bulgária abriu vantagem, e fechou o set em 25-20, em um erro de saque de Ricardinho.
"A Bulgária sacou muito bem. Conseqüentemente, foi superior também no bloqueio e no ataque. Não conseguimos jogar. Contra a Itália, vamos para nossa última cartada. Tudo o que conquistamos sempre foi com muita dificuldade. Já aconteceram situações parecidas, mas geralmente na final ou na semifinal, nunca no início como agora. Temos de fazer tudo diferente nos próximos jogos", disse Ricardinho.
"O mais importante é que em momento algum o grupo brigou na quadra. Ninguém jogou a culpa em cima de ninguém. A derrota não abalou o time. Se tenho de tirar algo de bom desse resultado é que o grupo continua fechado. Não é que o time não lutou, ele só não se encontrou na quadra", completou o levantador.
O técnico Bernardinho tratou de tirar das costas dos jogadores o peso pela derrota. "Se o time inteiro jogou mal, é sinal de que a preparação foi feita de forma errada. Sou o único responsável pela perfomance ruim do time. Não devemos buscar álibis. A Bulgária jogou muito bem e não vi reação do nosso lado", afirmou.
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França vence Itália e ajuda o Brasil na Liga Mundial
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