Jogando em seu ginásio com a obrigação de vencer para adiar a decisão da Superliga masculina de vôlei, a Cimed conseguiu seu objetivo ao vencer o Telemig Celular/Minas por 3 sets a 0, parciais de 25-22, 25-17 e 25-19.
Com o resultado, a Cimed forçou a realização da quarta partida da série melhor-de-cinco, que será realizada em Belo Horizonte, no próximo sábado. Em casa, o time mineiro terá mais uma chance de conquistar o título, pois ainda está à frente, com 2 a 1 na série decisiva.
 Levantador Bruno comemora ponto na vitória da Cimed sobre o Minas por 3 a 0 |
O Minas, do técnico Mauro Grasso, venceu os dois primeiros confrontos sem dificuldades, por 3 a 0. Mas não conseguiu ameaçar o time de Renan Dal Zotto em nenhum momento neste domingo. A equipe jogou com um grande desfalque, o levantador Rafinha, que foi suspenso depois de levar o terceiro cartão amarelo na segunda partida, e teve de ser substituído por Luiz. Com isso, o grupo não conseguiu impôr seu ritmo.
As dificuldades mexeram com os nervos da equipe, e fez com que Jardel se desentendesse com os rivais, a ponto de ir conversar com o atacante Milinkovic, o líbero Jeffe e o levantador Bruno Rezende ao final da partida. O meio-de-rede do Minas saiu de de quadra sob vaias da torcida, e gritos de "timinho" para os visitantes.
O argentino Milinkovic atuou em uma nova posição na partida, o meio-de-rede, em uma estratégia certeira do técnico Renan. Ele colocou em quadra o oposto Evandro que, inspirado, foi o maior pontuador, com 16 acertos, três deles, de saque. Milinkovic foi bem como central, anotando três pontos em bloqueios.
"Conseguimos um resultado importantíssimo. Não merecíamos perder em três jogos nesse playoff e diante da nossa torcida. Estamos mais vivos do que nunca. Nossa principal virtude foi a forma que entramos na quadra. Ou seja, querendo ganhar e com muita garra", afirmou o argentino.
Para o ponta Filipe, eleito o melhor em quadra, a equipe de Florianópolis jogou de forma diferente. "Mudamos nossa postura nesse terceiro duelo. Nos dois últimos confrontos, ficamos com certo receio de sacar. Hoje jogamos soltos. Antes, parecíamos presos e não mostramos o nosso verdadeiro voleibol. Desta vez, com brio, surgiu a inspiração."
Depois de conquistar o título da Superliga feminina, neste sábado, com o Rexona, o técnico Bernardinho viajou até Florianópolis para acompanhar o duelo do masculino e observar os jogadores, especialmente seu filho Bruno, levantador da Cimed.
Na opinião do treinador da seleção brasileira masculina de vôlei, os resultados de 3 sets a 0 nos três primeiros jogos da final da Superliga não refletem o equilíbrio que previa antes do início dos confrontos decisivos. "Esperava ver partidas mais equilibradas. Não imaginava que isso poderia acontecer. Com certeza, os próximos jogos serão batalhas bem mais duras e equilibradas do que as que vimos até aqui", acredita.