Parece que a ampla renovação da seleção norte-americana de vôlei feminino vai demorar a dar resultado. Nesta sexta-feira, um time que em nada era parecido com aquele vice-campeão olímpico em Pequim foi simplesmente massacrado pela Alemanha na estreia das duas equipes no Grand Prix 2009. Em jogo disputado no Maracanãzinho, as europeias fizeram 3 sets a 0 com fáceis parciais de 25-15, 25-15 e 25-16.

Para o duelo desta sexta, o forte time germânico liderado pela central Fürst e pela oposto Kozuch (maior pontuadora do jogo com 15 pontos) contou com um apoio e tanto da torcida carioca, que permaneceu em bom número no ginásio após a vitória do Brasil sobre Porto Rico também por 3 a 0.

A ação dos torcedores recordou o que se viu no ano passado, no mesmo Maracanãzinho, nas finais da Liga Mundial. Naquela semana de julho, todos os times que enfrentavam a seleção masculina norte-americana contavam com apoio maciço vindo das arquibancadas. Na Liga, a torcida adversária não foi suficiente, porque os Estados Unidos ficaram com o título. Mas no Grand Prix provavelmente será diferente.

O confronto desta sexta opôs os dois próximos adversário dos Brasil deste final de semana, e a Alemanha mostrou que os elogios feitos pelo técnico brasileiro José Roberto Guimarães nos últimos dias não foram em vão. Em nenhum momento da partida as germânicas estiveram atrás no placar, sempre dominando as ações e contando com um bom volume em seu sistema defensivo.

"Nós entramos concentrados desde o primeiro ponto, e isso fez a diferença. Mas não foi um jogo fácil, porque o time dos Estados Unidos tem uma boa organização", avaliou o técnico italiano Giovanni Guidetti, comandante da seleção alemã.

Pelo lado norte-americano, apesar da grande dedicação das jogadoras, notou-se que o time depende muito das bolas de ponta, apesar da tradição de boas centrais do país, e que o técnico Hugh McCutcheon, que assumiu o time feminino após ser campeão olímpico com a seleção masculina, ainda não conseguiu encontrar o posicionamento ideal para as atletas.

"Tivemos muitos problemas na recepção no jogo de hoje. Sacamos bem, mas isso não foi suficiente, e o time da Alemanha dominou a maior parte do jogo", reconheceu o treinador neozelandês. "Mas se aprende muito nas derrotas também. Nosso time é muito jovem, e disputar o Grand Prix é uma grande oportunidade para essas jogadoras".

A Alemanha volta ao Maracanãzinho neste sábado, às 10h, para enfrentar o Brasil em um duelo de invictos. Os Estados Unidos enfrentam Porto Rico logo em seguida, às 13h.