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Brasil brilha no bloqueio, supera 'bicho-papão' Alemanha e segue invicto no GP - 01/08/2009 - UOL Esporte - Vôlei
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01/08/2009 - 11h27

Brasil brilha no bloqueio, supera 'bicho-papão' Alemanha e segue invicto no GP

Paula Almeida
No Rio de Janeiro
O jogo contra a Alemanha era esperado pelo time brasileiro como o mais difícil da primeira fase do Grand Prix feminino de vôlei. De fato, as germânicas apresentaram um bom volume neste sábado, no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, mas em nenhum momento foram páreo para a seleção brasileira, que fez 3 sets a 0 (parciais de 25-12, 25-19 e 25-16) e se mantiveram invictas na competição, após duas rodadas.

O QUE SÓ QUEM ESTAVA NO MARACANÃZINHO VIU
Maurício Val/VIPCOMM
Quem estava no ginásio viu a fúria dos dois técnicos em dois momentos do segundo set da partida. O primeiro a 'surtar' foi Guidetti, quando Beier e Sscuschke ficaram indecisas sobre uma bola que veio de graça e deixaram-na cair no chão (12-9). Pior para a central, que foi pro banco e ouviu uma bela bronca do técnico italiano.

Depois foi a vez de Zé Roberto, bem mais comedido, naturalmente, quando a alemã Fürst encontrou um buraco na quadra brasileira em um saque e fez um ponto importante para as visitantes (16-14).

Mas por incrível que pareça, o ponto do jogo foi alemão. Em belo rali marcado por grandes defesas de Sassá e Fabi ainda no primeiro set, o Brasil teve mais que se defender das boladas alemãs do que atacar. Na melhor oportunidade brasileira, porém, Mari atacou uma diagonal para fora (21-10). Ainda assim,o Maracanãzinho, quase lotado, explodiu em aplausos para a equipe verde-amarela.
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Profundo conhecedor do time alemão, que é comandado por seu amigo Giovanni Guidetti e tem como principal jogadora a central Fürst, sua atleta por dois anos no italiano Pesaro, José Roberto Guimarães armou muito bem o time brasileiro para escapar dos fortes ataques e do alto bloqueio germânico. A preparação deu certo. Com saque e bloqueio eficientes (quatro e 15 pontos nestes fundamentos, respectivamente), as brasileiras dominaram a partida do início ao fim.

O Brasil foi à quadra com o mesmo time que iniciou a vitória contra Porto Rico: Dani Lins e Sheilla, Mari e Sassá, Fabiana e Thaísa, além da líbero Fabi. Ao longo do jogo ainda entraram Natália, Ana Tiemi e Joycinha.

A seleção brasileira volta à quadra do Maracanãzinho neste domingo, às 10h, quando encerra sua participação nesta primeira rodada contra os Estados Unidos, em reedição da final olímpica de Pequim-2008. Logo em seguida, a Alemanha encara Porto Rico.

O jogo

Logo no primeiro set, o Brasil mostrou suas cartas para a Alemanha. Sem padecerem da mesma desatenção que sofreram no início da partida contra Porto Rico, as brasileiras entraram em quadra bastante ligadas no jogo. Com bons saques (foram apenas quatro erros neste fundamento no set inicial), as donas da casa puderam usar aquela que é uma de suas principais armas: o bloqueio. E foi assim que surgiram três dos quatro primeiros pontos (4-1).

Com a lição de casa bem feita, as anfitriãs neutralizaram a meio-de-rede Fürst e a oposra Kozuch, levando esta última, inclusive, a ser substituída pelo técnico Guidetti ainda no início da partida. Foi com um bloqueio de Thaísa em cima da oposta que o Brasil abriu seis pontos de vantagem (10-4).

Ao longo da etapa, a diferença foi apenas aumentando, e apesar dois pedidos de tempo do técnico italiano, as alemãs não conseguiram furar a barreira brasileira (seriam oito bloqueios no primeiro set, mais do que em todo o jogo contra Porto Rico). O Brasil foi para o segundo intervalo técnico com um diferença de 10 pontos, e, num bloqueio emblemático de Fabiana em cima de Fürst, o time local fechou a primeira parcial com 25-12.

O segundo set começou como o primeiro, com as brasileiras abrindo vantagem (2-0) com um erro de recepção alemã e um ataque de Sheilla. Entretanto, o saque das mandantes passou a fazer menos estrago, e as visitantes cresceram no jogo, dando mais equilíbrio ao confronto.

O Brasil mais uma vez foi para o primeiro tempo técnico na frente (8-6), e foi melhorando aos poucos. A diferença chegou a quatro pontos em um bloqueio de Thaísa (10-6) e ficou assim até o segundo intervalo (16-12).

De volta à quadra, as alemãs voltaram a crescer, e com uma boa passagem de Fürst pelo saque, derrubaram a vantagem brasileira para apenas um ponto (16-15). Com algumas broncas de Zé Roberto, o time da casa voltou a reagir e fez 18-15, com mais um bloqueio de Thaísa (bem mais acionada neste segundo set). A vantagem ainda cresceria a cinco pontos (23-18), até o Brasil fechar com 25-19 em um erro de ataque das alemãs.

O terceiro set começou equilibradíssimo, com a Alemanha no encalço do Brasil, que passou a ser menos eficiente no bloqueio e teve de apoiar-se nos ataques de Sheilla, Mari e Thaísa. A primeira grande vantagem, porém, veio em uma muralha de Thaísa pelo meio (8-5). Apesar da evolução alemã, em quadra, o Brasil abriu cinco pontos com uma bela paralela de Mari (14-9).

Muito vibrantes em quadra, as alemãs bem que tentaram igualar forças com o Brasil, mas não conseguiram. No final, o time da casa deslanchou e acabou fechando o terceiro set em 25-16, com um ataque de Natália.

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