História

O anjo das pernas longas

O atacante Faustino Asprilla é reconhecido no mundo inteiro pela sua habilidade em jogar futebol e pela sua falta de profissionalismo, tanto na seleção colombiana quanto nos clubes por onde passou. Ficou famoso por gostar de noitadas e faltar a treinos.

Assim como Garrincha, o anjo das pernas tortas, Asprilla gosta de jogar pela direita e usa suas pernas longas para entortar os adversários. É um jogador rápido que combina o futebol força com muita elegância. Elegância que é notada até na comemoração dos gols.

Asprilla disputou duas Copas do Mundo: em 1994, nos Estados Unidos, e em 1998, na França. Mas, assim como seus companheiros Rincón e Valderrama, não atuou bem e a Colômbia foi um fiasco em ambos os Mundiais. Em 93, durante as Eliminatórias para a Copa dos EUA, o atacante teve sua melhor atuação pela seleção na goleada histórica sobre a Argentina, em Buenos Aires, por 5 x 0.

Negociado para o Parma, da Itália, o jogador foi campeão da Recopa (93), Copa da Uefa (99) e da Copa da Itália (99). Mesmo assim, suas atitudes extravagantes fora dos gramados muitas vezes geraram mais repercussão que suas conquistas. Em 1999, graças à parceria com a empresa Parmalat, foi emprestado ao Palmeiras, time pelo qual sagrou-se campeão do Torneio Rio-São Paulo e da Copa dos Campeões de 2000 e vice da Libertadores.

Em setembro de 2000, Asprilla abandonou o Palmeiras para transferir-se para o futebol árabe. A negociação fracassou e o jogador não foi aceito de volta no clube. Foi emprestado pela Parmalat ao Fluminense. Mais maduro e totalmente adaptado ao Rio de Janeiro, Asprilla conseguiu ressurgir com destaque, voltando a exibir o futebol que encantou o mundo, no início da carreira.