Sem desmentir um possível contato do Grêmio, que procura novo treinador depois de anunciar a saída de Paulo Autuori na quarta-feira passada, o técnico Adilson Batista admitiu nesta sexta-feira que pode antecipar a decisão sobre o futuro, que inicialmente seria divulgada somente após o Brasileirão, que termina em 6 de dezembro.
De acordo com o jornal gaúcho
Zero Hora, um conselheiro do Grêmio perguntou a Adilson Batista se ele toparia ouvir uma proposta do tricolor gaúcho. Segundo a publicação, o atual treinador do Cruzeiro respondeu, com entusiasmo, que iria "correndo".
"Existe o carinho, o respeito (
com o Grêmio), mas não disse que iria correndo. Eu estou muito bem aqui (
no Cruzeiro), conheço o grupo, tenho meus objetivos. Quero conquistar a vaga (
na Libertadores). A gente está preocupado com o dia a dia aqui. Tenho tempo suficiente para decidir. Falei que seria no dia 6, pode ser antes", afirmou Adilson Batista.
Ainda sobre a conversa com o conselheiro gremista, o treinador celeste deixou escapar: "Não falei com essas palavras". Adilson foi cauteloso ao falar do Grêmio, até porque o Cruzeiro enfrenta o time gaúcho neste sábado no Mineirão, pela 35ª rodada do Brasileirão.
"Vamos ter um compromisso agora. A gente sabe como funciona o futebol. Há uma questão cultural e levam para o outro lado. Infelizmente é assim, gostaria que não fosse", observou o treinador, que lamentou as especulações sobre seu futuro.
"Isso faz parte do futebol, sempre se especula. Já me colocaram no Japão, já fui para o Qatar, já fui técnico do Flamengo. Em 96 joguei o Brasileiro, de agosto a dezembro, com contratado assinado com o Jubilo (
Iwata, do Japão) e ninguém soube. Eu sei como funciona. Se você falar para a ou para b, acaba vazando", ressaltou Adilson.
Segundo o treinador, a permanência de jogadores que ele indicou ao Cruzeiro, como Henrique, Fabrício e Marquinhos Paraná, não é motivo para se manter à frente do time celeste em 2010. Adilson, que chegou ao clube mineiro em janeiro de 2008, disse ainda que a sequência no trabalho não é garantia para que renove o contrato.
"Eu acho que é importante (
a sequência no trabalho), mas não quer dizer que seja decisivo. O Cruzeiro é grande o suficiente para, independentemente de nome, ter a sequência de trabalho", disse o treinador.