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Presidente da Argentina pede reflexão social após problemas da Libertadores

"Não se pode militarizar a cidade para jogar uma partida de futebol", diz Macri - ANDRES STAPFF/REUTERS
'Não se pode militarizar a cidade para jogar uma partida de futebol', diz Macri Imagem: ANDRES STAPFF/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

03/12/2018 15h20

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (20), o presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu “uma profunda reflexão” dos argentinos após os incidentes nas finais da Copa Libertadores da América de 2018 entre Boca Juniors e River Plate.

Antes do segundo jogo da decisão, marcada originalmente para 24 de novembro no estádio Monumental de Núñez, torcedores do River atacaram o ônibus da delegação do Boca. A falta de condições de segurança acabou provocando o adiamento do jogo, que está marcado para acontece em 9 de dezembro, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. O jogo de ida em La Bombonera terminou empatado por 2 a 2.

Em sua entrevista coletiva, Macri faria um balanço a respeito da reunião de cúpula do G20, realizada no final de semana em Buenos Aires. No entanto, foi questionado também a respeito dos incidentes das finais da Libertadores, e adotou um discurso social de pacificação que transcende o futebol.

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“Para mim, pior do que algumas pessoas violentas que atiram pedras em um ônibus são aquelas que cospem em alguém que está ao lado. Isso parece muito sério para mim. É muito mais sério do que o aconteceu na rua. Isso denota uma degradação”, disse Macri, segundo o jornal Clarín, pedindo que a Justiça atue para que “os violentos possam sentir que isso não é um jogo e que tem consequências”.

Embora cobrando rigor com torcedores, Macri ao mesmo tempo criticou a possibilidade de aumentar o contingente policial na cidade para um clássico entre River e Boca. Para ele, é preciso contar com uma segurança mais eficiente e com um torcedor que colabore com a realização do jogo.

“Nós não podemos viver em uma cidade militarizada. Não se pode militarizar a cidade para jogar uma partida de futebol. A solução não é colocar mais policiais, mas que se prendam aqueles que cometem delitos”, discursou.