Fedor Emelianenko (e) e Dan Henderson fazem duelo de veteranos no Strikeforce

Após perder de brasileiros e ameaçar parar, Fedor testa status de lenda do MMA

Fedor Emelianenko foi colocado entre as lendas do MMA por suas vitórias espetaculares e títulos no Pride. Mas a fase do russo não é nada boa. Neste sábado, ele tem a chance de reverter duas derrotas - ambas para brasileiros - e uma ameaça de aposentadoria e assim reafirmar seu status como um dos maiores lutadores em atividade. Pelo Strikeforce, ele encara outro veterano dos ringues, o norte-americano Dan Henderson, também ex-campeão do Pride.

Para Fedor, o momento de pressão é incomum em uma carreira com 31 vitórias e apenas três derrotas. O drama começou em 2010, quando o brasileiro Fabricio Werdum o finalizou em apenas um minuto. Em fevereiro deste ano, encarou Antonio Silva, o Pezão, pelas quartas de final do GP dos pesados do Strikeforce, e o revés foi por nocaute técnico.

A reação foi imediata: "Sim, deve ter sido minha última luta”, disse Fedor, na ocasião. Mas as palavras não foram definitivas. Com um legado de respeito no mundo das lutas, o russo preferiu se dar uma nova chance. O combate deste sábado acontece em Hoffman Estates, Illinois (EUA), em um card que ainda tem um cinturão feminino em jogo.

“Vencer esta luta significa muito para mim. Dan é muito forte, um lutador perigoso e explosivo”, avaliou Fedor, que refutou a pressão em entrevista ao site norte-americano Yahoo Sports. “Estou ansioso em competir com ele, mas me preparei com muita seriedade, para poder combater qualquer coisa que ele traga para dentro da jaula.”

Para o duelo, o russo implementou mudanças no seu treinamento, incluindo intercâmbios na Holanda e partes da preparação em seu país natal para poder reencontrar as vitórias.

Henderson: sobe e desce de categoria

Dan Henderson também é um ícone quando se fala em MMA, com um histórico rico no Pride, no UFC e no Strikeforce, tendo lutado em diversas categorias, desafiando de pesos meio-médios a pesados, como Fedor.

Sua missão é parecida com a do russo, manter seu nome entre os grandes, talvez até ganhando uma chance de voltar ao UFC - que recentemente comprou o Strikeforce. A diferença é que o lutador vem de duas vitórias e, portanto, luta menos pressionado. Mas isso não interessa ao norte-americano.

"Fedor parece estar em forma, mas também estou. Ele não é qualquer rival e isso me anima, estou pronto para lutar e espero um oponente perigoso. Se Fedor está motivado, eu também estou", afirmou o campeão dos meio-pesados do Strikeforce.

Henderson tem entre seus feitos o título do GP dos médios do UFC 17, o título dos meio-médios do Pride e agora o do Strikeforce entre os meio-pesados. Apesar disso, ainda tem como missão ter um cinturão no UFC, evento em que nunca conseguiu mostrar domínio.

Brasileiros

Dois brasileiros lutam no card preliminar do Strikeforce, neste sábado. Entre os pesos leves, Gesias Cavalcante vai encarar Bobby Green. O brasileiro teve dois ‘no contests’ (luta sem resultado) e três derrotas em suas últimas seis lutas, e precisa provar seu potencial novamente.

Além dele, Eduardo Pamplona enfrenta Tyler Stinson, defendendo uma série de dez vitórias seguidas na carreira. Esta será a segunda luta do brasileiro no evento.

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