Charlie Brown e joelho de porco: a rotina de brasileira que derrubou tabu

No melhor ano de sua carreira, Bia Haddad venceu Laura Robson nessa segunda-feira (3), em Wimbledon, e encerrou tabu de 28 anos sem triunfos de uma brasileira no Grand Slam britânico. Aos 21 anos de idade, a tenista chama atenção por ter Charlie Brown Jr. e joelho de porco como parte de sua rotina.

Bia venceu Robson por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/2, em jogo válido pela primeira rodada da competição. Na segunda, vai enfrentar Simona Halep, vice-líder do ranking da WTA. Se conseguir vencer a favorita, vai superar a campanha de 1989 de Gisele Miró, que havia sido a última brasileira a triunfar no Grand Slam.

Na ocasião, Miró estreou com vitória sobre a sul-africana Elna Reinach por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/3. Na segunda rodada, foi derrotada pela britânica Anne Hobbs por 2 sets a 1, com parciais de 5/7, 6/2 e 6/4.

O bom resultado faz Bia ganhar ainda mais notoriedade como representante do Brasil no circuito mundial de tênis. Mas fora das quadras, o que a tenista faz para se distrair?

Questionada sobre o que gosta de escutar, a tenista revelou paixão pela banda Charlie Brown Jr., que fez sucesso nos anos 1990 e 2000.

"Eu gosto de ouvir bastante música, normalmente escuto Charlie Brown, Armadinho, e às vezes, até um samba ou música pop antes dos jogos. Gosto de tudo um pouco", contou, ao UOL Esporte.

Se a paixão pela banda de rock chama atenção, o gosto culinário não é diferente. A tenista admitiu que tem joelho de porco como um de seus pratos prediletos. Quando está em atividade, no entanto, prefere optar por alimentos mais leves.

"Eu gosto de comer tudo, mas gosto muito de joelho de porco, sushi, pizza... Mas cuido bastante da alimentação, então acabo comendo muito arroz, massa, legumes, proteína e salada", disse a tenista, que come banana com mel para cuidar da parte muscular.

Os laços com a família também são parte importante da rotina de Bia durante torneios. Mesmo longe, ela sempre dá um jeito de manter contato com os parentes.

"Sempre converso com minha família! Adoro falar com eles quando dá pelo Skype, e hoje em dia muito pelo WhatsApp", revelou a tenista, que tem o otimismo e a meditação com segredos para se manter concentrada.

"Eu medito há pouco tempo, estou aprendendo. Faço todos os dias antes do café da manhã", afirmou.

A família também serve com inspiração para Bia. Além de grandes nomes do tênis, ela diz ter seus avós como referências. "Meus ídolos são Gustavo Kuerten, Rafael Nadal e Petra Kvitova. Fora do tênis, meus avós, os quatro", declarou.

A vitória sobre Robson aumenta a lista de feitos de um ano histórico para Bia. Em maio, após vitória sobre Samantha Stosur, a tenista chegou ao top 100 e se juntou a se juntou a Andrea Vieira, Claudia Monteiro, Gisele Miró, Maria Esther Bueno, Niege Dias, Patricia Medrado e Teliana Pereira no seleto grupo de brasileiras que alcançaram este nível no ranking mundial.

Depois, ao vencer a suíça Jil Teichmann na última fase do qualifying, Bia se classificou para a chave principal de Roland Garros, jogando o primeiro Grand Slam de sua carreira. Ela foi derrotada por Elena Vesnina na estreia.

Para continuar fazendo história, passar pela favoritíssima Halep é o próximo desafio.