Mesmo sem contar com a 'sorte', Marizete Rezende obteve o melhor resultado entre as brasileiras na São Silvestre. Vice-campeã nesta segunda-feira, a goiana afirma que se as temperaturas estivessem mais elevadas, ela desbancaria a campeã Alice Timbilili.
"Acho que se tivesse mais quente, poderia alcançá-la no km 10 ou 12 e eu ia ganhar. Estava esperando uns 35º., mas fez entre 29º. e 30º.", afirmou. Um dia antes da corrida, a campeã de 2002 chegou a dizer que torceria por clima muito quente, possível arma contra a queniana.
As temperaturas não estavam elevadas como Marizete gostaria, mas próximo ao km 11, Alice Timbilili sentiu o cansaço e permitiu uma aproximação da brasileira, que não conseguiu alcançá-la e concluiu os 15 km em 53min36, 29 segundos atrás da campeã.
"Não consegui largar forte. Estava um pouco indisposta, sentindo cólica. Corri 70% do que treinei. Infelizmente não consegui buscar [o título], mas nas condições que eu estava o resultado foi bom", analisou Marizete, que repetiu o resultado obtido na Volta da Pampulha, disputa no início do mês.
A vitória queniana acirrou ainda mais a rivalidade na tradicional corrida paulistana. "Elas deram sorte porque as brasileiras não estavam tão bem. Quero vencer as quenianas e de preferência na São Silvestre do ano que vem."
Três campeãs da corrida entraram na prova combalidas. Marizete temia sentir as dores no nervo ciático que a persegue há anos. Detentora do título de 2006, Lucélia Peres sofria com a inflamação na planta do pé, que a tirou da prova entre os km 5 e 7.
Maria Zeferina Baldaia, campeã em 2001, retornou às grandes competições após problemas de saúde. Depois de ficar dois anos sem correr a São Silvestre, a mineira ficou em terceiro lugar. "Nos últimos seis meses, consegui resultados bons. E hoje foi maravilhoso para mim", disse.