O brasileiro Rubens Barrichello desconversa, mas já dá mostras de que deve defender a Williams na próxima temporada. Apesar de não assumir o acerto com a equipe inglesa, o piloto não negou a informação e se mostrou desconfortável ao ser questionado sobre o assunto.
BRAWN: CONTRATO DE RISCO EM 2009
No início da temporada, Rubens Barrichello correu o risco de ficar sem um lugar na Fórmula 1. Com dificuldades financeiras, a Brawn ofereceu um contrato de apenas quatro corridas ao brasileiro.
"Meu contrato deste ano era de quatro corridas. Se aparecesse alguém com um patrocinador [depois deste período], eu teria que sair", disse Barrichello.
"Só posso dizer que esse fim de semana foi de surpresas boas", disse Barrichello, em entrevista ao
SporTV. Visivelmente embaraçado, o brasileiro ainda brincou com o fato de ter ficado com o rosto 'vermelho' após ser questionado sobre o acerto. "Minha mulher sempre diz que eu não consigo mentir".
Em outro momento da entrevista, ao ser novamente perguntado sobre sua nova equipe, Barrichello 'apelou' para os comerciais. "Pode chamar o intervalo agora?", brincou o piloto.
Independentemente da equipe que defenderá em 2010, Barrichello revelou que não pretende abandonar a Fórmula 1 nas próximas temporadas. O piloto brasileiro revelou que assinará um contrato de dois anos e que não pensa em se aposentar.
"É um bom contrato [de dois anos]. Honestamente, nunca me passou pela cabeça parar. O dia em que sentir que alguma coisa está faltando, será o dia em que serei honesto comigo e irei parar", afirmou o piloto, que vê a Stock Car como um provável destino após deixar a Fórmula 1. "Não consigo me ver sem um volante. Sempre falei que gosto muito da Stock Car".
Para a próxima temporada, Barrichello tem a expectativa de permanecer entre os primeiros colocados do grid. Para isso, conta com as mudanças de regras em 2010, que prevêem o fim do reabastecimento. Na Fórmula 1 desde 1993, o piloto brasileiro é o único da categoria que já competiu com o tanque cheio.
"O carro fica muito pesado. Você anda cinco segundos mais lento [do que nas atuais regras]", disse Barrichello. "Hoje, você está acostumado a andar em ritmo de classificação o tempo inteiro, não pode se dar o direito de errar. Com o carro cheio, não pode mais andar no limite o tempo todo. Você tem que passar a salvar pneu, a administrar".