Em entrevista coletiva antes da partida amistosa entre Cruzeiro e Argentino Juniors, que marcará sua despedida oficial dos gramados, Sorín, ídolo dos cruzeirenses, disse que já se sente um ex-jogador, mas avisou que não se desligará do futebol. "Tenho ainda muita paixão pelo futebol. Saí do futebol, mas o futebol não sai de mim", observou.
Emocionado com a festa, Sorín disse que a experiência vivida em sua despedida será inesquecível. "Os títulos são inesquecíveis, foram 14, disputei duas Copas e ainda fui capitão da seleção, me sinto muito orgulhoso e vou contar tudo para a Elisabetta (
sua filha)", disse o ex-lateral.
Contratado pelo Cruzeiro em 2000, Sorín virou ídolo dos cruzeirenses depois de marcar o gol do título da extinta Copa Sul-Minas, quando sofreu um corte na cabeça e, depois de enfaixá-la, permaneceu em campo. A atitude incendiou os torcedores.
"Nunca imaginei que fosse ter uma relação tão íntima com o torcedor do Cruzeiro. Essa relação foi baseada na garra, na raça e na sinceridade", afirmou o argentino, que anunciou em julho deste ano a aposentadoria do futebol, aos 33 anos, depois de enfrentar seguidas contusões.
"Hoje comecei a viver como ex-jogador, passei a vivenciar uma vida que não tem horário, uma vida mais tranquila. Depois desse jogo de hoje (
quarta-feira), vai cair a ficha e vou planejar o meu futuro", ressaltou Sorín, que pretende fazer um curso de técnico.