Quando começou a chamar a atenção do mundo do futebol, ainda no infantil do Fluminense, Toró invariavelmente terminava as competições como artilheiro. Atuando com a camisa 10, recebeu o apelido por fazer "chuva de gols". No entanto, nos profissionais do Flamengo, atuando como volante, foram poucos. Neste Brasileiro, ainda não balançou as redes, mas, mesmo assim, demonstra não ter intenção de deixar o Maracanã, no domingo, como herói.
"Estou torcendo mais é pelo Imperador. Torcendo muito. Se pudesse escolher alguém para fazer o gol do título, escolheria o Adriano. Ele merece", disse Toró, confirmado na equipe titular rubro-negra que enfrenta o Grêmio, neste domingo, às 17h.
Evidentemente, o volante afirma que seria "maravilhoso" marcar o gol que pode dar o título brasileiro ao Flamengo depois de 17 anos. Contudo, explica sua decisão de optar por Adriano como futuro herói flamenguista.
"Torço muito para o Adriano ser o artilheiro do Brasileiro e que permaneça mais um tempo no Flamengo. Muitos falam em adeus dele, mas quero que ele seja o artilheiro e que continue", declarou.
As preocupações de Toró são facilmente explicadas. Com 19 gols, Adriano está empatado com Diego Tardelli na ponta da artilharia. Se terminar como maior goleador, quebrará um jejum de 27 anos em que o Flamengo não tem um artilheiro de Campeonato Brasileiro. Desde Zico, em 1982.
Já em relação a uma possível saída de Adriano da Gávea, o Imperador mesmo derrapou esta semana ao responder uma pergunta na Granja Comary e deu a entender que o duelo diante do Grêmio poderia ser seu último pelo Rubro-Negro, mas depois se corrigiu. Recentemente, a Roma, da Itália, demonstrou interesse no atacante, que tem contrato até maio com o Flamengo, mas uma cláusula contratual que facilita sua saída para Europa.
"O que eu quero é ser campeão no domingo e entrar para a história do Flamengo. Por isso não me preocupo em fazer gol. É a hora de quem tiver que marcar, marcar e eu vou correr muito na partida", finalizou Toró.