A partida foi disputada no Canindé, mas por diversos momentos parecia a casa do Bahia. Muitos torcedores da equipe nordestina viram o empate por 0 a 0 com a Portuguesa, na tarde deste sábado, pela quarta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

O Bahia teve uma outra grande vantagem na partida. Por cerca de 50 minutos a equipe tricolor atuou com um jogador a mais - Andeson Paim foi expulso aos 28min do primeiro tempo. Aos 35min da etapa final, Evaldo levou o vermelho, e os dois times ficaram com dez atletas.

"Deixamos dois pontos aqui. Nosso time podia vencer um time que é candidato a subir", lamentou o técnico do Bahia, Alexandre Gallo.

Ao sair de campo, ele foi chamado de mercenário pela torcida da Portuguesa. Em 2005, deixou o clube rubro-verde para dirigir o Santos, fato que desagradou os torcedores. "Vivi o melhor momento da minha carreira aqui em 1996 [como jogador, quando foi vice-campeão brasileiro]. Fiz um bom trabalho como técnico também", enumerou.

"Até a saída do Anderson [Paim], tivemos o domínio do jogo. Fico satisfeito pelo empenho e determinação dos jogadores. O resultado não é tão ruim. Só tenho que enaltecer o meu grupo. Mesmo com um a menos, não administramos o empate, fomos para cima e tivemos duas ou três chances de gol no segundo tempo", analisou Paulo Bonamigo.

Com a igualdade, os dois clubes ficam mais distantes do líder Guarani, que ganhou todos os seus compromissos e soma 12 pontos. A Portuguesa tem 8, e o Bahia, 7.

O jogo
No embalo da euforia de seus torcedores, os visitantes tomaram a iniciativa do jogo. Logo aos 3min, Lima invadiu a área e chutou forte, carimbando o travessão.

A equipe paulista respondeu no jogo aéreo, com duas cabeçadas do zagueiro Ediglê que saíram com perigo por cima do gol.

A partir dos dez minutos, o duelo ficou truncado. Aos 28min, Anderson Paim cometeu falta dura e, como já tinha recebido o cartão amarelo anteriormente, foi expulso.

Com um a mais em campo, o Bahia passou a ter o domínio da partida. A Portuguesa recuou e começou a explorar os contra-ataques. Entretanto, nenhum lance de perigo foi criado.

"Agora é hora da garra e da superação. O nosso time está ansioso por querer vencer em casa. Mas tem que ser natural, não pode apressar o jogo", analisou o goleiro Fábio, na saída para o intervalo.

"Temos de cadenciar o jogo e, quem sabe, decidir numa bola parada", observou o meio-campista Marco Antônio, já que a Lusa estava com um a menos.

No Bahia, o discurso era o de aproveitar a vantagem numérica. "Não é sempre que isso acontece, ainda mais fora de casa. Tivemos mais posse de bola com um mais, agora falta um detalhe a mais que é a finalizar", comentou o veterano Rubens Cardoso, que atuou como meia pelo lado esquerdo.

Os dois treinadores promoveram substituições para a etapa final, mas sem altera a formação tática das equipes.

Apesar de estar com 10 atletas em campo, a Portuguesa foi melhor no segundo tempo. Acleisson finalizou duas vezes com perigo. Na primeira, errou o alvo; na segunda, parou no goleiro Marcelo.

A melhor oportunidade, entretanto, ocorreu do outro lado. Quase na pequena área, Lima cabeceou forte, e o goleiro Fábio defendeu no reflexo.

PORTUGUESA 0 x 0 BAHIA

Portuguesa
Fábio; Bruno Rodrigo, Ediglê e Erick; César Prates (Wilton Goiano), Acleisson, Marco Antônio, Preto e Anderson Paim; Piraju (Tata) e Christian (Dinei)
Técnico: Paulo Bonamigo

Bahia
Marcelo; Marcos, Evaldo, Nen e Ávine (Roberto); Leandro (Beto), Hernani, Rogério e Rubens Cardoso; Alex Terra (Paulo Roberto) e Lima
Técnico: Alexandre Gallo

Data: 30/05/2009 (sábado)
Local: Estádio do Canindé
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE)
Auxiliares: Cleriston Clay (SE) Edmo Santos (SE)
Público:4.633
Renda: R$ 72.220,00
Cartões amarelos: Anderson Paim (P), César Prates (P), Preto (P), Marco Antônio (P); Alex Terra (B), Fernando (B), Hernani (B), Nen (B), Rubens Cardoso (B), Evaldo (B), Rogério (B)
Cartão vermelho: Anderson Paim (P); Evaldo (B)