Conhecido por sua parceria, muitas vezes contestada, com a Traffic, o Palmeiras abriu o leque e decidiu apostar em novos investidores. O grupo Sonda estreitou laços com o clube e já supera o concorrente no número de jogadores empresariados, incluindo as categorias de base. O otimismo é tanto que a empresa já prevê a geração dos ‘meninos do Palestra’ até mais promissora que a dos ‘meninos da Vila’.
De acordo com um dos sócios do grupo, Guilherme Miranda, o Sonda conta hoje com cerca de 12 atletas no Palmeiras. O profissional já tem três dele: o volante Tinga, vindo da Ponte Preta, além dos laterais recém-promovidos Luis Felipe e Gabriel Silva, que vem se destacando na lateral esquerda.
Recém-promovido ao profissional, Gabriel Silva virou titular na lateral esquerda e vem ganhando elogios
Vindo da Ponte Preta, o volante Tinga é outro atleta empresariado pelo Sonda no profissional do clube
A Traffic tem um número maior de atletas no time principal, mas não investe na base, já que tem seu próprio clube formador, o Desportivo Brasil. Os zagueiros Danilo e Fabricio, o volante Rivaldo e os atacantes Lenny e Dinei têm parte de seus direitos econômicos vinculados à parceira, número bem inferior em relação a anos atrás.
Dessa forma, o Sonda mostra empolgação com a parceria. “Vão surgir os ‘meninos do Palestra’. Acho que vai acontecer exatamente como os meninos da Vila, talvez ainda mais fortes e promissores. Isso graças a um trabalho da base do clube também. De todos os lugares onde trabalhei, o Palmeiras mostra ter maior conhecimento, mais que o Santos. Eles têm competência, conhecem o mercado”, disse Guilherme Miranda.
Uma das maiores redes de supermercados do Estado de São Paulo, o Grupo Sonda atua também no futebol. No Santos, ficou conhecido por empresariar vários dos jogadores que se consagraram com os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil deste ano. Entre eles estão Paulo Henrique Ganso, Neymar, Alan Patrick, André, Wesley e Breitner.
Mas a relação com o Santos ficou mais distante após a troca de comando no fim do ano passado, quando Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro substituiu Marcelo Teixeira na presidência. Foi nessa época que a parceria com o Palmeiras se intensificou.
O grupo ganhou ainda mais força com o afastamento de Luiz Gonzaga Belluzzo por motivos de saúde e a posse de Salvador Hugo Palaia como substituto, que promoveu a troca no comando do futebol. De acordo com o diretor de futebol Wlademir Pescarmona, a ideia da nova cúpula é investir nas parcerias, mas de uma forma mais pulverizada.
Na visão do cartola, a principal mudança para o comando anterior é que o Palmeiras ficava nas mãos de apenas um grupo de empresários. Segundo ele, o clube conversa hoje com um grande número de investidores. Prova disso é que o time B deve ser mantido, em vez de os atletas voltarem para a base como previsto.
“Assumimos agora e estamos começando a conversar com os parceiros. A gente está procurando diversificar as parcerias. Todas elas são bem-vindas. Acreditamos que é a solução dos times, mas não é bom ter apenas um. Assim não tem aquela pressão para o atleta ser titular”, disse Pescarmona, que não acredita em uma possível concorrência. “De jeito nenhum. Cada um tem seu interesse. É melhor para todo mundo”, afirmou.
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