Caso a decisão judicial favorável seja conquistada, o Santos recuperaria 25% dos direitos de Ganso, e passará a ter um total de 70% dos direitos do meia.
O Santos obteve na segunda-feira uma liminar concedida na 5ª Vara Cível da cidade que força a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, e parceiro do clube na divisão dos direitos de diversos atletas, a devolver os direitos econômicos de sete jogadores formados no clube, mediante ao pagamento total de 1,250 milhão de euros (aproximadamente R$ 2,9 milhões), valor pago pelos investidores para adquirir as porcentagens. A decisão é em primeira instância, e a DIS deve impetrar recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo números apresentados pelo clube, a DIS adquiriu entre 2008 e 2009, 25% dos direitos econômicos de sete atletas por 138 mil euros (cerca de R$ 320 mil) cada. Entre eles estão Paulo Henrique Ganso, Wesley, Alan Patrick e André. O clube quer recuperar a porcentagem pagando o mesmo valor de compra por entender que eles possuem valor de mercado bem maior do que o estipulado na época da negociação.
“Esses valores são inexpressivos perto do real valor de mercado dos jogadores. Nós questionamos essas transações judicialmente, e agora queremos reaver o que entendemos ser de direito do Santos”, disse o advogado do clube, Luciano Moita.
O Santos entende que a DIS deveria ter comprado os 25% dos direitos de cada jogador tendo por base o valor da multa rescisória contratual de cada atleta. No caso de Ganso, por exemplo, a multa atual está estipulada em 50 milhões de euros. No entanto, o valor da quebra contratual era menor na época da negociação.
Com a ação tramitando na Justiça, o Santos se negou a repassar para DIS o dinheiro referente aos 25% dos direitos de Wesley, vendido ao Werder Bremen-ALE por 10 milhões de euros, segundo os dirigentes santistas.
A intenção é recuperar as porcentagens dos sete jogadores pagando apenas R$ 440 mil. Isso porque, o clube quer descontar os cerca de R$ 800 mil pagos a DIS pelo repasse de 25% dos direitos de André, vendido ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, em junho.
De Paulo Henrique Ganso, a DIS possui 45% dos direitos. No entanto, 20% deles foram comprados do próprio jogador. Sendo assim, essa porcentagem seria mantida. Já o Santos passaria de 45% a 70% de posse dos direitos do meia, que tem multa rescisória estipulada em 50 milhões de euros.
Já a divisão de Neymar permanecerá inalterada, já que os 40% pertencentes a DIS foram adquiridos em negociação com a família do atacante. O Santos possui os 60% restantes.
Além dos 40% dos direito econômicos de Neymar, e dos 45% de Ganso, a DIS possui também, 50% de Crystian (o clube tem a outra metade), 50% do zagueiro da base, Paulo Henrique (o restante é do Santos), 45% de Alan Patrick (45% do Santos e 10% do jogador), 40% de Anderson Planta (o restante do Santos), 30% de Marcus Alemão (o restante é do Santos), 30% de Kassio ( Santos tem o restante), 20% de Breitner (Santos tem 50% e jogador os outros 30%) e 15% de Geovane (Santos tem 50% e o jogador os outros 35%).
Os representantes da DIS foram orientados por advogados a não concederem entrevistas para não atrapalharem a defesa da empresa na Justiça.
*Atualizada às 11h53min do dia 24 de novembro de 2010.
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