Um dia depois de seu aniversário de 55 anos, o treinador brasileiro Zico entrou para a história do Fenerbahce e levou sua equipe pela primeira vez às quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa. Jogando fora de casa, o time turco perdeu por 3 a 2 no tempo normal e contou com um triunfo por 3 a 2 nas cobranças de pênalti para ficar com a vaga na seqüência da competição.
Daniel Alves, aliás, confirmou um retrospecto negativo em disputas de pênaltis com a camisa do Sevilla. Ele já havia desperdiçado uma cobrança no ano passado, na série que deu à equipe de Sevilha o bicampeonato da Copa da Uefa - vitória por 3 a 1 sobre o Espanyol nos tiros livres. Na primeira partida, disputada em Istambul, o Fenerbahce havia triunfado por 3 a 2 e ratificado seu aproveitamento de 100% como mandante na Liga dos Campeões da Europa. Nesta terça, foi a vez de o Sevilla vencer pelo mesmo placar no tempo normal. No período extra, as duas equipes não saíram de um empate sem gols. Durante a semana, Zico havia demonstrado preocupação com a marcação no lado esquerdo da defesa do Fenerbahce. O time turco não pôde contar com o lateral brasileiro Roberto Carlos, lesionado, e essa é a faixa de atuação do também brasileiro Daniel Alves, um dos principais destaques do Sevilla. Contudo, Daniel Alves não precisou sequer do espaço deixado no lado esquerdo da defesa do Fenerbahce para inaugurar o placar. O brasileiro aproveitou uma falta cometida por Selçuk sobre Kanouté aos 5min do primeiro tempo e bateu com força, de pé direito. O goleiro Demirel ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou que ela entrasse em seu canto esquerdo alto. O gol deixou o Fenerbahce atordoado. Perdido, o time turco não conseguiu acertar a marcação sobre os alas do Sevilla e sofreu o segundo gol logo aos 9min da etapa inicial. Keita bateu de longe e mandou a bola no canto direito alto de Demirel, que pulou atrasado e não alcançou. A vantagem confortável tornou o jogo favorável ao Sevilla. Ainda no período inicial, a equipe espanhola começou a trocar passes e valorizar a posse de bola. Quando isso aconteceu, o Fenerbahce reagiu e começaram a brilhar dois brasileiros do time visitante. Aos 20min, Deivid recebeu dentro da área depois de um escanteio cobrado por Alex da esquerda e chutou de pé direito para descontar. O lance de Deivid, porém, reavivou o Sevilla no jogo. A equipe espanhola retomou a forte marcação sobre o Fenerbahce na intermediária e passou a usar mais os laterais. Foi assim que Daniel Alves criou aos 41min um lance que Kanouté completou para as redes para fazer o terceiro dos donos da casa. Com o resultado do primeiro tempo, o Sevilla avançaria às quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa. Apesar disso, a equipe espanhola teve mais presença no campo ofensivo durante a etapa final. A situação só começou a mudar quando o técnico Manuel Jiménez trocou o atacante Luís Fabiano pelo volante Renato. Depois da alteração, processada aos 33min do segundo tempo, o Fenerbahce passou a ter amplo domínio das ações do confronto. E essa postura ofensiva dos turcos foi recompensada no minuto seguinte, quando Alex cobrou falta para a área e Deivid teve liberdade para marcar em um toque de primeira. Foi o quarto gol do ex-atacante de Santos, Corinthians e Cruzeiro na Liga dos Campeões da Europa. Nos minutos finais do tempo regulamentar, o Sevilla partiu para o ataque e abdicou do recuo que havia realizado no segundo tempo. A equipe espanhola voltou a ter mais posse de bola - 52% de controle em toda a partida - e passou o fim da partida sempre no campo de ataque. A situação se repetiu no primeiro tempo da prorrogação, com o Fenerbahce atuando mais recuado e os anfitriões tomando mais iniciativa ofensiva. No segundo tempo da prorrogação, a diferença de postura entre as duas equipes ficou ainda mais evidente depois que o Fenerbahce perdeu o meia brasileiro Alex, substituído por Bilgin aos 7min. A mudança acabou com a força ofensiva dos turcos e intensificou o domínio do Sevilla, que não conseguiu aproveitar essa supremacia para marcar. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |