A pressão na Gávea é quase insustentável e fez Caio Júnior se enrolar com as palavras. Visivelmente abalado pelas críticas recebidas de todos os lados, o técnico praticamente confirmou sua despedida do Flamengo ao término do Campeonato Brasileiro. Após o deslize, ele tentou voltar atrás para evitar um mal-estar ainda maior. Contudo, seu destino em 2009 parece mesmo passar bem longe do Rubro-Negro.

Abalado, técnico Caio Júnior não confirma, mas ensaia o seu adeus ao Flamengo
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"Eu saio...termino o trabalho da melhor maneira possível. Sempre respeitei a todos os jogadores, torcedores e membros da imprensa. Infelizmente não posso agradar a todo mundo. Ficar quase um ano inteiro (assumiu em maio) em um clube grande é quase impossível. E é a terceira vez que consigo isso em um clube da primeira divisão (em 2006 com o Paraná Clube e 2007 com o Palmeiras)", avaliou Caio, ironizando em seguida. "Para quem está começando agora, acho que estou no caminho certo".

No sábado, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kleber Leite, negou que a saída do treinador esteja definida. Sem opções atrativas, ele pretende esperar a abertura do mercado para avaliar a situação. Contudo, especulou-se que as conversas com Cuca já haviam começado, o que foi negado pelo próprio dirigente. Caio Júnior comentou o fato.

"Essas coisas são engraçadas. O Cuca me ligou e a gente ficou conversando sobre isso, ironizando a situação. Esse tipo de informação sensacionalista influencia o torcedor e faz com que ele seja enganado. Até brinquei com o Cuca, perguntando se ele iria comigo para Curitiba, no domingo, me auxiliar", contou o treinador.

A jornada de Caio à frente da equipe do Flamengo deve ser encerrada no domingo, quando encara o Atlético-PR, às 17h (horário de Brasília), na Arena da Baixada, pela última rodada do Brasileiro. O Rubro-Negro, quinto colocado, soma 64 pontos.

Para conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 2009 não basta ao time da Gávea vencer o Furacão. Além disso, terá de torcer por tropeço de Cruzeiro, quarto, também com 64, ou Palmeiras, terceiro, com 65. Uma vaga na competição continental poderia ser a salvação do emprego do treinador, que tem uma proposta para trabalhar no futebol japonês.