Depois de quase um ano de investigação, foi arquivado o caso do gás tóxico no vestiário do São Paulo no segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista do ano passado, quando o Palmeiras foi à final do torneio jogando em casa, no estádio Palestra Itália. Segundo o delegado titular do 23º DP, Mauro Marcelo de Lima e Silva, responsável pelo caso, o processo foi arquivado pela Justiça por não ter sido encontrado vítimas.
"A única vítima no caso foi Muricy Ramalho, que passou por exame de corpo de delito e de sangue, mas em ambos, nada foi encontrado", explicou o delegado em entrevista ao jornal
O Estado de S. Paulo. "Um massagista aparece gritando para os jogadores cobrirem a cabeça. O Muricy também só começa a passar mal quando chega ao campo. São reações impossíveis no caso de uma grande quantidade de gás no vestiário."
Segundo o delegado, a decisão da Justiça em arquivar a investigação se baseou apenas em laudos científicos, que apontaram para uma sucessão de equívocos. "Eu fui pessoalmente com dois peritos ao local e observamos os detalhes", explicou.
"O mais importante, sem dúvida, é que o vestiário dos visitantes é grande e, para conseguir preencher todo o espaço de 2 mil metros cúbicos, seria necessário que alguém ficasse espargindo gás durante muito tempo. Seria impossível alguém ficar fazendo esse trabalho por vários minutos em um estádio lotado e não ser visto por pelo menos 3 mil pessoas", completou o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva.
Dessa forma, depois de ser punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol com a perda do mando de um jogo no Campeonato Paulista deste ano, além de uma multa de R$ 10 mil, o Palmeiras está "limpo" na esfera criminal.
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