Mano Menezes ousou ao montar uma equipe com três atacantes para pegar o São Paulo, no último domingo. E o que se viu em campo foi um Corinthians que pressionou durante 90 minutos, no Pacaembu, e finalizou mais do que a média dos jogos da primeira fase do Campeonato Paulista. Desta maneira, o time de Parque São Jorge garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o rival em confronto válido pela semifinal do Estadual.
Com duplas de ataque que variaram em combinações entre Jorge Henrique, Dentinho, Souza, Ronaldo e Otacílio Neto, o Corinthians teve média de 17 finalizações por jogo na fase classificatória, segundo o
Datafolha.
Contra a equipe do Morumbi, no domingo, foram 19 tentativas de superar Rogério Ceni. Dois tiros, um com Elias e outro com Cristian, morreram no fundo do gol - mais do que o índice de 1,74 gols por rodada da primeira fase.
Para Mano Menezes, dois jogadores do setor ofensivo foram essenciais para que o 4-3-3 funcionasse. "Não teria usado o esquema de três atacantes se Jorge Henrique e Dentinho não tivessem as características que têm. Sem dúvida que a dedicação deles na partida, tanto no apoio como nas roubadas de bola e marcação, foi determinante", elogiou, após o duelo.
Curiosamente, os dois gols do clube alvinegro não saíram dos pés dos atacantes. E, durante parte do segundo tempo, com a entrada de Souza, o time chegou a ter quatro jogadores na frente - o São Paulo atuava com dez atletas, pois André Dias fora expulso.
NÚMEROS DO JOGO - DATAFOLHA |
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CORINTHIANS | | SÃO PAULO |
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19 | Finalizações | 8 |
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112 | Desarmes | 102 |
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312 certos 46 errados | Passes | 113 certos 56 errados |
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14 | Faltas | 17 |
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19 | Dribles | 9 |
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ANÁLISE DO JUCA KFOURI |
Mesmo sem tantos homens no meio de campo, o Corinthians não ficou exposto. Foram oito finalizações do São Paulo ao longo do confronto. O ímpeto ofensivo dos comandados do Muricy Ramalho caiu bastante no segundo tempo.
Mesmo com o sucesso do esquema tático ofensivo, Mano Menezes não garante a manutenção dos três atacantes para o jogo de volta, marcado para o próximo domingo (dia 19), às 16h, no Morumbi.
"Ainda tem que ser pensado, estudado. Vai depender muito do que o São Paulo apresentar também. Usei o 4-3-3 porque eles tiveram três zagueiros. E acredito que, no próximo jogo, não vão jogar assim. E eu não posso ficar em desvantagem no meio de campo, ter três jogadores no setor e eles com quatro", argumentou o técnico.
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