Wanderlei (e) vem de vitória, mas não luta há 15 meses; Leben é o rival deste sábado

Após hiato, Wanderlei promete luta sangrenta e mira revanche com Belfort no UFC

Um dos ícones do MMA desde a década de 1990, Wanderlei Silva completa neste domingo 35 anos de idade. E, para a festa, ele espera dar show no octógono, após um hiato de 15 meses afastado dos combates, para se recuperar de lesão. Neste sábado (às 21h, com transmissão do canal Combate), em Las Vegas, o brasileiro promete uma luta sangrenta contra Chris Leben, mas já mira mais adiante: quer revanche contra Vitor Belfort e promete “meter a porrada nele”.

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O combate representa para o brasileiro a expectativa de voltar a enfrentar Belfort, para quem perdeu em menos de um minuto na primeira edição do UFC no Brasil, em 1998, por nocaute.

“Já faz tempo que estamos nessa de luta, não luta. Mas essa luta vai sair e espero vencer o Leben para que seja meu próximo combate. E pode mandar um recado para o Vitor: vou matar a vontade dele, vou meter a porrada”, disse um empolgado Wanderlei Silva, ao UOL Esporte.

Esperava-se que os dois astros do MMA brasileiros se enfrentassem neste ano, em meio a rumores logo depois que Belfort foi derrotado por Anderson Silva. Mas Wanderlei preferiu adiar o encontro. “Eu quero pegar ele com 100% da minha condição física”, explicou ele, sobre o fato de o duelo não ter saído antes.

“Kamikaze”, Wanderlei quer espetáculo em Las Vegas

Depois de operar o joelho e passar quatro meses parado, o brasileiro está há sete treinando e se adequando ao limite dos pesos médios. Contra Leben, ele testa a recuperação, mas também tenta pela primeira vez vencer duas lutas seguidas desde 2006. O ex-campeão do Pride vem de vitória sobre Michael Bisping, mas antes disso perdeu cinco de seis lutas feitas.

Mas, com tudo isso, Wanderlei demonstra que sua preocupação é mais com o show e menos com o resultado. Os lutadores esperam uma luta franca e aberta, sem maiores “enrolações”, e apostam até no “prêmio” de melhor combate da noite.

“Isso é um risco, mas eu entro para entreter o pessoal. Sou kamikaze mesmo, comigo é matar ou morrer. Eu gosto de fazer lutas empolgantes”, afirmou o brasileiro. “Acho que o ponto fraco dele é o queixo. Não vou para a decisão, entro na luta para nocautear e tenho certeza de que não chega ao fim dos três rounds. Se ele vier com aquela guarda toda aberta para cima de mim, eu vou derrubar.”

O norte-americano, que participou da primeira edição do reality show The Ultimate Fighter, vinha de três triunfos seguidos no UFC, em 2010, mas perdeu para Brian Stann no UFC 125, por nocaute.

O detalhe é que Leben é um fã de Wanderlei Silva e não tem timidez na hora de falar sobre isso, mesmo tendo de bater o ídolo. “Wanderlei, é um dos meus heróis. Ele é uma das razões por eu ter começado [a lutar], assistia aos vídeos do Pride e tentava imitar algumas coisas que ele fazia”.

Wanderlei, por sua vez, agradece aos elogios, mas avisa que no octógono isso não importa: “amigos, amigos, negócios à parte.”

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Além de Wanderlei Silva, o outro brasileiro que luta no UFC 132 é Rafael dos Anjos. O carioca de 26 anos perdeu para Clay Guida no UFC 117 e teve de operar o maxilar. Agora, tem a missão de reencontrar sua série de vitórias, que era de três antes do revés. Para isso, encara o australiano George Sotiropoulos no card preliminar do evento.

LUTA PRINCIPAL: Campeão dos galos, Cruz tem revanche contra Faber (d)

Dominick Cruz é o atual campeão dos pesos galo do UFC, o primeiro desde a integração da categoria no evento, mas também tem status de desafiante neste fim de semana. Isto porque ele terá uma revanche de um antigo revés. O norte-americano encarou Urijah Faber em 2007 e foi finalizado pelo compatriota, no WEC, quando ambos ainda lutavam na categoria pena. Faber foi o único algoz da carreira de Cruz, que venceu 17 de 18 combates de que participou.

Após 'implorar' para não se aposentar, Tito Ortiz (e) ganha nova chance

Ex-campeão dos meio-pesados, o veterano Tito Ortiz foi "aposentado" por Dana White, mas conseguiu convencer o chefão a lhe dar mais uma chance. Sem vencer há cinco lutas - desde 2006 -, o norte-americano encara neste sábado Ryan Bader, rival que ascendeu com uma carreira sólida, batendo nomes como Rogério Minotouro antes de perder pela primeira vez, em sua última luta, para o atual campeão da categoria, Jon Jones.

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