O tenista Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros, confirmou nesta terça-feira que 2008 deve ser seu último ano como profissional. "Eu até tenho vontade de jogar mais, mas tem sido bastante difícil e desgastante nos últimos anos. Esse vai ser meu último ano", afirmou Guga em entrevista à
Rede Globo.
"Esta é uma última chance de jogar alguns torneios que considero especiais, e das pessoas me assistirem, além de tentar reviver um pouco daqueles grandes momentos", disse o tenista, que fará uma entrevista coletiva nesta terça-feira em São Paulo, onde deve anunciar oficialmente sua aposentadoria.
A decisão de Guga, de 31 anos,
foi antecipada à
Associated Press na segunda-feira por uma fonte com conhecimento da situação do tenista, em condição de anonimato. Este ano, no entanto, ele ainda é aguardado no Aberto do Brasil em fevereiro, e seu torneio de despedida pode acontecer em Roland Garros, torneio em que foi campeão em 1997, 2000 e 2001.
Primeiro atleta do país a conquistar um título de Grand Slam entre os homens, Gustavo Kuerten esteve entre os melhores do mundo no final dos anos 90 e no início da década, mas seu sucesso começou a cair depois de uma lesão crônica no quadril, a partir de 2002. Ele conquistou o último de seus 20 títulos de simples em fevereiro de 2004. Guga foi o número um do mundo em 2000 e seu melhor ano foi em 2001, com seis títulos conquistados em oito finais disputadas.
Depois de competir no mais alto nível durante muitas temporadas, Guga penou nos últimos anos contra as conseqüências de duas cirurgias realizadas no quadril.
RETROSPECTO RECENTE FRACO |
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Em suas últimas dez partidas no circuito, entre 2006 e 2007, o catarinense obteve apenas duas vitórias. Seu último título aconteceu no Aberto do Brasil de 2004, ano no qual também teve grande momento ao impor o placar de triplo 6-4 para cima do suíço Roger Federer, em Roland Garros - depois, foi eliminado nas quartas-de-final por David Nalbandián (ARG). |
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Hoje o número 679 do ranking de entradas, Guga tentou desde um trabalho com o fisioterapueta Nilton Petrone, o "Filé, a uma cirurgia espírita. Rompeu e reatou com o técnico Larri Passos - nesse intervalo, foi orientado por cerca de um ano e meio pelo argentino Hernán Gumy. Mas, se o quadril deixou de ser um grande incômodo, os efeitos dos meses parados no circuito abalaram seu rendimento esportivo.
Em entrevista ao
UOL Esporte, Larri afirmou que Guga teve, no ano passado, dificuldades com seu desenvolvimento muscular. "Quando parecia que era só para pegar mais ritmo, realmente o seu músculo não ajudou. Crescia dois dias e caía no quarto. Enfim, ele buscou avaliações e hoje sabemos que as respostas musculares de alguns grupos não recebem a enervação necessária."