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| Brasil vence com facilidade primeira partida contra a seleção da Venezuela |
O primeiro "treino de luxo" da seleção brasileira contra a Venezuela em Betim foi na verdade um passeio do time campeão olímpico e mundial. Neste sábado, no ginásio Divino Braga, a equipe venceu por 3 sets a 0, com parciais de 25-16, 25-20 e 25-21, em uma hora de 12 minutos. O resultado garante ao Brasil a melhor campanha na primeira fase da Liga Mundial masculina de vôlei.
Já classificada para a fase final da competição, que será disputada na semana que vem em Belgrado, a seleção entrou em quadra disposta a aumentar o entrosamento. E o adversário não poderia ser melhor. Os próprios jogadores consideram a Venezuela a equipe mais forte do grupo, à frente de Portugal e Japão.
| FASE FINAL: HENRIQUE FORA |
O meio-de rede Henrique foi, mais uma vez, preterido pelo técnico Bernardinho, que anunciou neste sábado o grupo que viaja à Sérvia e Montenegro na próxima semana para a disputa das finais da Liga Mundial.
Henrique, que já havia ficado de fora da Olimpíada de Atenas, foi cortado ao lado de João Paulo. Saiba quem são os jogadores selecionados por Bernardinho. |
Mas neste sábado os venezuelanos não foram nem sombra da equipe que deu trabalho para o Brasil nos dois primeiros jogos da Liga, em Caracas. O atacante Luis Diaz não encontrou meio de vencer o bloqueio brasileiro.
Chamado de "bloqueio vagalume" pelo técnico Bernardinho, porque às vezes brilha e às vezes se apaga, o fundamento começou aceso neste sábado. Além de Diaz, os brasileiros também pararam no primeiro set Carlos Luna, outro jogador importante da Venezuela.
"Embora não tívessemos feito tantos pontos direto de bloqueio (foram seis, contra sete da Venezuela), o fundamento funcionou propiciando vários contra-ataques", disse Bernardinho.
Os dois times voltam a se enfrentar neste domingo, novamente em Minas Gerais, no encerramento da primeira fase da Liga Mundial masculina de vôlei. O jogo está marcado para começar às 10h.
O jogoComo já era esperado, Bernardinho resolveu usar a partida para entrosar mais o time. Assim, o Brasil entrou em quadra com o que é considerada a sua formação ideal, com o levantador Ricardinho, os pontas Giba e Dante, os centrais Rodrigão e Gustavo, o oposto André Nascimento e o líbero Escadinha.
| BRASILEIRINHO |
A capital brasileira da ginástica artística é Curitiba. Mas Betim não quis perder a onda. Durante os tempos técnicos da partida deste sábado, sete meninas e dois meninos fizeram uma demonstração na quadra.
É verdade que a demonstração não passou de uma série de piruetas, mas foi o suficiente para contagiar o público de 8 mil pessoas no Divino Braga. Até mesmo o "Brasileirinho", som utilizado por Daiane dos Santos nas Olimpíadas de Atenas, foi tocado na demonstração. Mas nenhuma das meninas em Betim se arriscou a dar um duplo twist carpado. |
Já o cubano Eliseo Ramos, treinador da Venezuela, surpreendeu. Ele deixou no banco o grande astro da equipe, Ernardo Gomez, o Harry, um dos responsáveis pela maior derrota de Bernardinho à frente da seleção masculina, nas semifinais dos Jogos Pan-Americanos de 2003, em Santo Domingo. Segundo Ramos, a idéia é iniciar um processo de renovação na seleção.
No primeiro set, o Brasil não teve problemas para abrir vantagem. Dois bloqueios consecutivos colocaram a seleção quatro pontos na frente (7-3).
Além disso, o Brasil contou com uma tarde inspirada de Dante. O jogador, que durante a semana teve uma faringite, virou bolas nas duas pontas, além de marcar no bloqueio.
Quem também teve uma boa atuação foi o levantador Ricardinho. Variando bastante as jogadas com os pontas Giba e Dante, ele confundiu o bloqueio venezuelano. E até se arriscou no ataque, pontuando em bola de segunda ou após erro de passe do adversário.
Assim, jogando solto, o Brasil dominou completamente o primeiro set. E a seleção fechou a parcial em 24 minutos, com um ponto de bloqueio.
| ESTATÍSTICAS |
| | Brasil | Venezuela |
| Pontos | 75 | 57 |
| Ataques | 37 | 28 |
| Bloqueios | 6 | 7 |
| Saques | 8 | 3 |
| Erros do adversário | 24 | 19 |
No segundo set, a Venezuela voltou mais arisca. O ataque e o bloqueio passaram a funcionar, dificultando as coisas para o Brasil. O time chegou a abrir três pontos de vantagem (3-0), mas não conseguiu suportar a pressão brasileira.
Dois erros seguidos fizeram com que o Brasil passasse na frente do marcador (11-10). E a seleção se animou. Embora o bloqueio tenha estacionado na parcial, a defesa funcionou bem. E em 24 minutos, com um erro de saque da Venezuela, os brasileiros fecharam a parcial em 25-20.
A vantagem contagiou a seleção brasileira, que começou o terceiro set com tudo. Após duas grandes defesas de Escadinha, o time abriu três pontos de diferença (3-0). A Venezuela não desistiu, mas em nenhum momento conseguiu ameaçar o domínio brasileiro. Em 24 minutos, os brasileiros fecharam o set com 25 a 21.
"Acho que o time todo jogou muito bem", disse o meio-de-rede Gustavo. "O time soube ter calma quando estav atrás do placar", completou o ponteiro Giba.
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