A Polônia será a adversária da seleção brasileira na final do Campeonato Mundial masculino de vôlei. Neste sábado, em um jogo muito equilibrado, os poloneses venceram a Bulgária por 3 sets a 1, com parciais de 25-20, 26-28, 25-23 e 25-23, em uma hora e 45 minutos.
Campeã em 1974, a Polônia chega à decisão como a única invicta no Mundial. Em dez jogos, os poloneses perderam apenas três sets (dois para a Rússia e um para a Bulgária).
Na preparação para o campeonato, a Polônia fez dois amistosos contra o Brasil na região metropolitana de Osaka. No primeiro, houve um empate de 2 a 2. No segundo, os brasileiros ganharam por 3 a 1.
Equipes com características parecidas, Bulgária e Polônia fizeram um confronto de muita força física neste sábado. No final, prevaleceu a melhor qualidade da seleção polonesa no saque.
Principal arma das duas equipes, o saque fez a diferença no jogo. Enquanto a Polônia marcou cinco aces, a Bulgária fez apenas dois. Assim, no bloqueio, os poloneses anotaram 11 pontos, contra sete dos búlgaros.
Os destaques das duas equipes tiveram atuações abaixo da esperada. Segundo melhor atacante do Mundial, Sebastian Swiderski foi apenas o quarto maior pontuador da Polônia, com 13 pontos -sete a menos que Michal Winiarski.
Pela Bulgária, Matey Kaziyski, melhor sacador do campeonato, fez um único ace. Ele terminou a partida com 15 pontos, seis a menos que o reserva Boyan Yordanov, que jogou apenas dois sets e meio.
"O jogo foi muito equilibrado e o resultado esteve aberto até o final. Acho que ganhamos porque a nossa recepção foi muito boa", disse o argentino Raúl Lozano, técnico da Polônia.
Com a derrota, a Bulgária repete no Mundial a situação vivida na última edição da Liga. Depois de uma campanha surpreendente, a equipe também foi eliminada nas semifinais, na ocasião pela França.
Depois da partida, emocionado, o capitão da Polônia, Piotr Gruszka, dedicou a classificação ao amigo Arkadiusz Golas, jogador da equipe que em setembro de 2005 morreu em um acidente de carro aos 24 anos.