Todos os jogadores da seleção brasileira, sem exceção, apontaram a união do grupo como o fator fundamental para a conquista do bicampeonato mundial masculino de vôlei. O Brasil ficou com o título ao bater a Polônia na decisão por 3 sets a 0.
"Esse grupo aqui não tem um adjetivo pra definir o que é. A seleção é brilhante. Nos momentos mais difíceis é que essa equipe joga melhor.
Isso aí pode ser trabalho, pode ser tudo, mas é personalidade. Essa equipe aqui é nota um milhão", disse o levantador Marcelinho, campeão mundial pela primeira vez.
No meio do campeonato, o time viu três jogadores discutirem asperamente. O levantador Ricardinho, o líbero Serginho e o meio-de-rede Gustavo tiveram um atrito durante a partida contra a Bulgária na segunda fase.
Mesmo assim, o time continuou unido. E provou essa união na decisão com a Polônia. No intervalo do segundo para o terceiro sets, Ricardinho, Escadinha e Giba ficaram abraçados ao lado da quadra.
"Às vezes nós brigamos, mas mostramos que o grupo é mesmo muito unido", afirmou Escadinha, enquanto dava autógrafos a torcedores brasileiros em Tóquio. "Essa briga, essa discussão, depois a gente resolve e joga bem. É o que dá força para o time", completou Gustavo.
Para o levantador Ricardinho, o Brasil provou neste domingo que é mesmo um time fadado a ter sucesso em decisões.
"A final para gente é como comer o filé mignon. O duro é o acém que a gente tem que comer antes. A gente gosta do filé, gosta de estar ali dentro, da porradaria. A decisão para a gente é muito gostoso", afirmou o jogador.