O técnico do Finasa/Osasco também foi pego de surpresa pela notícia de que a diretoria da equipe decidiu encerrar o investimento no vôlei profissional. Desempregado desde a última segunda-feira à noite, Luizomar de Moura entretanto prega o otimismo e espera que o fim do time possa trazer benefícios para o vôlei e, quem sabe, o fim da hegemonia entre seu time e o Rexona-Ades na Superliga, promovendo o equilíbrio entre todas as equipes.
O técnico, que no último fim de semana perdeu a quarta final consecutiva para o Rexona, negou que o resultado da Superliga tenha influenciado na decisão da diretoria. Segundo lhe foi comunicado pelo supervisor Benê, a decisão do patrocinador já havia sido tomada antes mesmo da final no Maracanãzinho.
Ainda assim, o treinador não deixa de ver como preocupante o fim das atividades profissionais no vôlei de Osasco. "Não é uma equipe pequena ou média que termina. É um dos principais times do país, que tem servido de exemplo no vôlei brasileiro há 20 anos", comentou o técnico vice-campeão da Superliga.
Luizomar de Moura confia na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para administrar a situação, reorganizando os rankings das atletas para manter o equilíbrio na próxima temporada.
O técnico que comandava quatro jogadoras que conquistaram a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim tampouco acredita que o encerramento da parceria represente um princípio de crise no vôlei. Para ele, essa pode ser uma oportunidade inclusive para alterar a hegemonia dos últimos anos na Superliga. "Pode ser uma oportunidade para sair da mesmice. A gente sempre houve comentários de que somente Rexona e Osasco chegam na final e pode ser que agora isso mude um pouco", analisa.
Ainda com uma "sensação muito ruim" pelo final das atividades do Finasa/Osasco, o técnico vê seu futuro com otimismo. "O vôlei no Brasil é um esporte sério, que dá visibilidade para os patrocinadores e é hoje uma referência até mesmo para o futebol", comentou.