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Fim do Finasa deixa torcida órfã e rivais preocupados com equilíbrio - 22/04/2009 - UOL Esporte - Vôlei
UOL Esporte Vôlei
 
22/04/2009 - 13h52

Fim do Finasa deixa torcida órfã e rivais preocupados com equilíbrio

Jorge Corrêa
Em Osasco
O término do time profissional de vôlei feminino do Finasa - anunciado na última segunda-feira pela diretoria do Bradesco, banco de sustentava a equipe - não deixou apenas jogadoras e comissão técnica desempregados, mas também toda uma torcida órfã. Em Osasco, região oeste da Grande São Paulo, o fechamento da equipe, que está na cidade desde 1996, pegou milhares de pessoas de surpresa.

 Wagner Carmo/Gazeta Press
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Com quase 5 mil pessoas, a maior comunidade dedicada ao time no Orkut pode ser um termômetro do que aconteceu para os torcedores. Muitos fanáticos pela equipe se declaram sem chão. No bairro osasquense de Presidente Altino, onde fica localizado o ginásio José Liberatti, local onde o Finasa mandava suas partidas, o sentimento é o mesmo.

"Desde muito pequeno eu acompanho o time. Sempre procurava na Internet quando tinha jogo aqui no ginásio para ir. Cheguei até a viajar para Minas Gerais em um ano para ver uma partida da equipe. Agora todo mundo aqui não sabe o que fazer", disse Luiz Ricardo Espíndola, torcedor declarado do Finasa encontrado pela reportagem do UOL Esporte com a camisa do time nos arredores do ginásio.

A pedido da reportagem, Espíndola apresentou outros torcedores que se declararam órfãos do Finasa. "Quando li no jornal que o time tinha fechado, eu simplesmente não consegui acreditar. Comprei todos da banca, li tudo, e fiquei completamente de boca aberta. Sei que muita gente ainda não está acreditando nisso", disse Mariana Silveira, estudante de 17 anos, que disse ir aos jogos do time desde os dez.

"Havia uma cumplicidade entre a equipe e a cidade, principalmente nesse bairro aqui. Era onde nos encontrávamos, tinha muita gente que se conheceu no ginásio, ficou amiga de verdade. Não consigo imaginar como vai ser o vôlei, como vai ser falar de vôlei, sem ter o Finasa", completou a manicure Solange Luz, nitidamente emocionada.

Fechamento também preocupa rivais
Não foram apenas os osasquenses que ficaram chocados com o final do time, o mundo do vôlei feminino brasileiro também balançou. Quem declara essa preocupação é Alexandre Rivetti, técnico que comandou o time feminino do Banespa na Superliga desse ano, e mesmo com sérios problemas financeiros, chegou às quartas-de-final do torneio.

"Tudo isso é muito ruim, prejudica o esporte. Tenho certeza que agora vai acabar essa onda repatriações de grandes jogadoras que estavam no exterior. Não só isso vai parar como acredito que o atual mercado brasileiro não vai conseguir absorver essas atletas do Finasa. Muitas devem ir para o exterior", disse o treinador, que já comandou categorias de base do Finasa, ao UOL Esporte.

Para ele, apenas um time terá a capacidade de ficar com algumas dessas jogadoras, criando uma nova bipolaridade no esporte. "Essas atleta tinham salário de Europa no Finasa. Somente a Blausiegel (que esse ano patrocinou o São Caetano) poderia absorver parte desse elenco. O que antes era Osasco contra Rexona, vai ser Blausiegel contra Rexona. Mas o equilíbrio do esporte no país fica seriamente prejudicado."

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