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Giovane e Sesi apresentam elenco jovem liderado pelo veterano Anderson - 25/05/2009 - UOL Esporte - Vôlei
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25/05/2009 - 14h05

Giovane e Sesi apresentam elenco jovem liderado pelo veterano Anderson

Paula Almeida
Em São Paulo
Menos de duas semanas após anunciar sua entrada no voleibol masculino adulto, o Sesi-SP, comandado pelo técnico Giovane Gávio, apresentou nesta segunda-feira seu elenco para a temporada 2009/2010. Chama a atenção a baixa média de idade do novo time. Com apenas dois trintões - o oposto Anderson (35 anos) e o líbero Jeffe (31) - o grupo tem uma média de 24 anos.

SESI-SP APRESENTA ELENCO
Divulgação/Fiesp
Presidente da Fiesp, Paulo Skaff (ao microfone) e Giovane não prometeram títulos, mas mostraram confiança no time
Divulgação/Fiesp
Em pé: Diego, Jeffe, Enoch, Vini, Gustavão, Anderson, Chupita e Filipe.
Agachados: Japa, Dani, Jotinha, Goiano.
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Sem grandes estrelas, a equipe mantém boa parte do grupo da Tigre/Unisul/Joinville, time de Giovane nas duas últimas temporadas, e aposta em jogadores que tiveram performance destacada na Superliga passada.

Da extinta Unisul restaram Anderson, o oposto Goiano, o ponteiro Japa, o levantador Jotinha e os meios-de-rede Vini, Gustavão e Diego. Do Vivo/Minas, o Sesi trouxe o central Thiago Barth, que está na seleção brasileira, e o levantador Dani. Já o ponteiro Filipe veio do Santander/São Bernardo. Jeffe trocou a Ulbra pela equipe paulista, e o atacante Enoch saiu do Fátima/UCS. Por fim, o único repatriado do grupo é o ponteiro Chupita, que volta ao Brasil após seis anos atuando na Itália e no Japão.

"A base da equipe está aqui. Vamos buscar ainda um terceiro levantador e um segundo líbero", explicou Giovanne. "Quase a totalidade dos jogadores não está aqui pelo dinheiro. Evitamos disputar jogadores que estavam em leilão no mercado. Achamos que essa seria a maneira mais ética de alcançar as metas desse novo projeto".

Com um investimento de R$ 5 milhões anuais, o time servirá de portão de entrada para o projeto esportivo do Sesi, apresentado no ano passado. A expectativa é que os atletas e a comissão técnica da equipe adulta sirvam de exemplo para as 120 mil crianças atendidas pelas ações do clube, que espera revelar novos talentos.

Durante a apresentação da equipe, tanto Giovane quanto o presidente da Fiesp, Paulo Skaff, evitaram prometer títulos ou grandes resultados, mas ressaltaram o caráter competitivo do time.

"Vai ser uma disputa, com 'sangue na boca', como diz o Giovane. Temos convicção de que todos aqui vão dar o máximo de si. Vamos disputar para ganhar, mas é claro que a vitória nem sempre é garantida", afirmou Skaff. O treinador reiterou. "Qualidade nós temos, desenvolver um trabalho dentro da quadra é o nosso maior desafio. Os times que decidiram a Superliga nos últimos anos [Cimed e Minas] obviamente levam uma certa vantagem. Mas coloco nossa equipe como competitiva, e esses jogadores que estão aqui vieram para vencer.

Técnico e projeto atraem atletas

Apostar em um time jovem pode parecer gesto arriscado, mas os jogadores do Sesi-SP têm discurso padrão: foram motivados pelo projeto e pela chance de atuar sob o comando de Giovane.

ANDRÉ NASCIMENTO NÃO VEM
Encarregado de montar um elenco para a nova equipe do Sesi-SP em apenas 12 dias, o técnico Giovane Gávio precisou usar muito poder de persuasão para manter atletas que pertenciam à extinta Tigre/Unisul/Joinville e trazer jogadores de outros times. Em geral, o mineiro atingiu seu intento, formando um grupo competitivo com 13 nomes. Na hora de buscar estrelas, porém, o projeto do clube paulista não foi motivação suficiente.

Principal nome que vazou na imprensa, o oposto André Nascimento, que não renovou com o Vivo/Minas, foi realmente procurado por Giovane. A quantia pedida pelo campeão olímpico, porém, desagradou o time paulista. "O André pediu um valor muito alto, e não deu certo. Além disso, a gente levou em consideração a forte relação que temos com o Anderson", explicou o treinador.
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Presente entre os 10 melhores atletas em três rankings da última Superliga pelo São Bernardo (sexto maior pontuador, sexto melhor saque e quarta melhor defesa), Filipe revelou ter recebido propostas até de equipes italianas, mas optou pelo novo time paulista. "Gostei do projeto e fiquei feliz por o Giovane ter apostado no meu trabalho. A presença do Anderson também contou muito, porque eu já tinha jogado com ele na Ulbra", contou o ponteiro. "Não busco só o resultado. Mas se o nosso trabalho for bem feito, vou me sentir muito bem".

Repatriado por Giovane e pela Unisul na temporada passada, Anderson também não escondeu a influência do treinador em sua decisão de mudar para São Paulo. "Ele é um cara bem centrado nas coisas que quer fazer. E o fato de ele ter acreditado em mim no ano passado contou muito", explicou o oposto de 35 anos. "Eu acredito no projeto dele, e a partir de hoje é o meu projeto".

Já para o ponteiro Chupita, outro fator foi ainda mais importante para tirá-lo do Panasonic, do Japão, e trazê-lo de volta ao Brasil após seis anos fora do país: vestir a camisa da seleção brasileira. "Quando o Giovane me procurou pessoalmente, ele me disse que não era um projeto para o jogador ganhar dinheiro, mas desenvolver o atleta e chegar à seleção", contou o atacante de 24 anos. "Estando lá fora, a comissão não conseguia me observar. Agora, aqui, eu espero que eles me avaliem. Não vim buscar o salário do exterior. Vim buscar vaga na seleção".

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