Um dos principais nomes do voleibol argentino, Marcos Milinkovic comemorou a classificação de sua seleção para a fase final da Liga Mundial, mas não se ilude. O oposto afirmou que há cinco candidatos ao título, excluindo justamente a Argentina. Residente na Sérvia com a esposa e os filhos, o atleta de 37 anos fez questão de prestigiar a renovada equipe comandada por Javier Weber no hotel em que estão hospedados, antes da estreia contra Cuba, às 12h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira.
Fora da seleção, o veterano falou sobre a classificação argentina. Ao terminar em segundo lugar na chave que dividia com a Sérvia - que já estava garantida por ser sede -, a Argentina herdou a vaga e disputará pela segunda vez na história a etapa decisiva do torneio.
"Foi uma coisa muito boa. Uma geração nova que já se classificou como uma das melhores da Liga Mundial. Foi ótimo. Mas teve um pouco de sorte, porque não pegou nenhum grande time como Brasil, Rússia e Cuba. Foram França e Coreia do Sul, dois times do nível da Argentina, que jogou bem em casa e conseguiu se classificar", afirmou o oposto ao
UOL Esporte.
Agora, a Argentina integra o grupo F ao lado de Cuba e Brasil, seus adversários nesta ordem. "Sabemos que vai ser difícil. Tirando a Argentina, acho que tem cinco times que podem ser campeões. Acho que chegar até aqui foi algo muito, muito bom para eles. Tem gente nova que tem condições de jogar em alto nível e ir muito bem nos próximos anos. Tem que dar tempo para pegar experiência. Daqui a dois ou três anos tem condições de brigar lá em cima", opinou.
Como os dois primeiros de cada chave se classificam, Milinkovic não acredita em zebra nas finais e acha que vai dar Brasil e Cuba. "Acho que vai ser muito difícil. É certo que o Brasil mudou muito nos últimos anos. Mas é o Brasil, tem muitos jogadores na briga pelo título. Nesta chave, acho que não tem como". O grupo E é composto por Sérvia, Estados Unidos e Rússia.
Eleito duas vezes o melhor jogador do Campeonato Mundial, Milinkovic atuou na última temporada no Formosa, time que disputa a Liga Argentina. Com passagens pela Unisul e Cimed, o oposto fez amizades no Brasil. "Tenho muitos amigos na seleção brasileira e fiquei muito contente de ver o Giba, o Bernardo, depois de muito tempo. O Bruninho também, eu joguei com ele no clube. Muita gente conhecida, muitas amizades e fiquei contente de vê-los de novo aqui", finalizou.