A seleção brasileira masculina de vôlei teve um impressionante desempenho no bloqueio e no saque na estreia da fase final da Liga Mundial, disputada em Belgrado, na Sérvia. No entanto, diante da Argentina, nesta sexta-feira, os comandados de Bernardinho não conseguiram repetir a eficiência nos fundamentos contra Cuba, mas tiveram uma atuação um pouco mais solta - o suficiente para garantir a classificação para a semifinal, ao fazer 3 a 0 (25-20, 25-22 e 25-20) em equipe supervalorizada, mas que pouco exigiu do Brasil.
Líder do grupo F, a seleção brasileira enfrentará a Rússia na semifinal, às 12h30 (horário de Brasília) deste sábado.
A equipe foi derrotada pela Sérvia nesta sexta-feira, e os donos da casa terão pela frente Cuba por uma vaga na decisão.
A Argentina se despede da Liga Mundial de 2009 na quinta colocação geral, sua melhor campanha na história da competição. Esta é apenas a segunda vez que os
hermanos disputam a etapa decisiva. Em 1999, o país foi sede da fase final e terminou na sexta colocação. Após o título em 2008, os Estados Unidos encerram a participação com dois revezes por 3 a o e o sexto posto.
O Brasil entrou em quadra com a mesma formação da vitória sobre Cuba por 3 a 1, com o levantador Bruninho, o oposto Leandro Vissotto, os ponteiros Giba e Murilo, os centrais Rodrigão e Lucão, além do líbero Escadinha.
"A Argentina está crescendo rápido como equipe. Eles foram fantásticos na defesa hoje, mas acabaram errando mais do que deveriam no ataque. Nós jogamos bem, vencemos, mas não fomos consistentes durante toda a partida", analisou o técnico Bernardinho.
Destaque do dia anterior, Vissotto não iniciou bem a partida. Ao contrário da estreia, em que virou muitas bolas com facilidade, o oposto parou algumas vezes no bloqueio ou atacou para fora. O caminho inverso fez Giba. Após uma estreia apagada, em que viu seu substituto Thiago Aves brilhar, o capitão comandou a equipe na primeira parcial.
Mesmo após supervalorizar a capacidade dos argentinos, a equipe verde-amarela não encontrou dificuldade no começo do primeiro set. Em erro de ataque dos adversários, o Brasil chegou à frente no primeiro tempo técnico (8-3). Os vizinhos sul-americanos tentaram reagir em boa passagem do veterano Arroyo pelo saque, mas nada que ameaçasse a superioridade brasileira.
Após parar em bloqueio de Garcia, na saída de rede, Vissotto se recuperou na sequencia e virou uma bola em diagonal (15-11). Em nova tentativa, o oposto atacou para fora. Menos vibrante que o de costume, ele recebeu o apoio de todos os companheiros. Mesmo sem o melhor desempenho, Vissotto marcou cinco pontos no set.
VEJA OS NÚMEROS DO JOGO |
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BRASIL | Estatística | ARGENTINA |
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75 | Total de pontos | 62 |
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34 | Pontos de ataque | 32 |
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4 | Pontos de bloqueio | 7 |
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5 | Aces | 3 |
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32 | Erros do rival | 20 |
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Visotto e Giba (11) | Maior pontuador | Garcia (11) |
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VEJA A TABELA DA FASE FINAL |
Como Bruninho ainda não encontrou o melhor tempo de bola de Giba, quando o capitão atacou uma bela bola pelo fundo de quadra, os dois vibraram muito juntos. Com a ampla vantagem, o Brasil ainda contou com um saque para fora de Arroyo para vencer por 25-20, em 22 minutos.
A parcial mais equilibrada demanda uma preocupação extra ao Brasil. O meio-de-rede sentiu dores no braço esquerdo e deixou a quadra para a entrada de Sidão. Os comandados de Weber voltaram à quadra dispostos a mostrar porque podem ser uma ameaça futura ao Brasil.
Com o levantador Nicolas Uriarte (filho de Jon), os argentinos dificultaram a vida da equipe de Bernardinho e passaram a parcial inteira se revezando na liderança do marcador. Os melhores momentos brasileiros eram quando Giba e Murilo iam para o saque. E a parcial terminou exatamente como a primeira, em erro argentino, o Brasil fechou em 25-22.
Os brasileiros comandaram o início do terceiro e último set, mas com uma sequencia de erros viu a Argentina reduzir uma diferença de quatro pontos para dois. Com o jogo sob controle, os comandados de Bernardinho seguiram virando suas bolas para manter uma boa vantagem e vencer por 25-20.
"Estamos tristes porque não classificamos. O Brasil nos superou em todos os sentidos. Nós não fizemos uma partida ruim, mas para ganhar do Brasil ainda falta muito", afirmou o capitão argentino Rodrigo Quiroga.
Atualizada às 17h38