Definitivamente, a situação de Vagner Mancini no comando da equipe santista ficou mais complicada após a goleada sofrida diante do Vitória por 6 a 2, no Barradão. O técnico deixou claro que não irá pedir demissão. No entanto, o diretor Adilson Durante não assegurou sua permanência e disse que o assunto será decidido assim que "os ânimos acalmarem".
"O resultado não abala meu trabalho. Já vi muita coisa acontecer no futebol. É lógico que existe um sentimento de chateação. Mas precisamos conviver com a adversidade. É claro que um placar elástico gera dúvida na cabeça das pessoas. Mas não penso em pedir para sair. Isso não tem chance nenhuma", comentou o técnico.
Enquanto Mancini admite que pretende continuar no cargo, a diretoria não está muito convicta em sua permanência. Hoje, logo após o revés, o diretor Adilson Durante limitou-se a dizer que não falaria nada com a "cabeça quente".
"É difícil falar diante de uma derrota de seis gols. A equipe não jogou bem. Mas isso não significa que todo o trabalho está ruim. Vamos acalmar os ânimos. Estamos com a cabeça quente. Vamos acertar a situação e tomar as medidas mais cabíveis", comentou o dirigente.
Nos últimos dias, o trabalho de Vagner Mancini vem sendo muito questionado. Para se ter ideia, nas últimas seis rodadas, o Santos venceu apenas uma partida -diante do Sport por 1 a 0, na Vila Belmiro. Além disso, sua defesa se tornou, ao lado do Atlético-PR e do Náutico, a mais vazada (21 gols sofridos).
Não bastasse isso, dois dos principais técnicos do país estão desempregados. Vanderlei Luxemburgo, que deixou o Palmeiras, é muito amigo do presidente Marcelo Teixeira. Já o nome de Muricy Ramalho, que disse "não" aos palmeirenses, é sempre lembrado quando alguma equipe de ponta do futebol brasileiro não atravessa um bom momento.