Logo depois de ter sido anunciado como novo técnico da seleção argentina, Diego Maradona criou polêmica ao se comparar a Dunga: "Eu driblava os adversários. Ele batia". Nesta segunda-feira, porém, o brasileiro evitou dar resposta a essa provocação. Em tom político, elogiou o talento do rival e esquivou-se sobre a escolha da Associação de Futebol da Argentina.
"A escolha cabe ao presidente da AFA, e eu não preciso comentar. O Maradona foi um dos jogadores mais importantes da história da seleção argentina, sempre reivindicou essa posição, sempre pediu uma oportunidade, e eu torço para ele se dar bem. Mas quanto a comparações sobre quem tem mais ou menos talento, eu prefiro não falar", disse Dunga em entrevista coletiva, logo depois de anunciar os convocados para amistoso contra a seleção portuguesa.
Assim como Dunga, Maradona tem um histórico pobre como treinador antes de ser alçado ao comando da seleção argentina. Ele trabalhou no Deportivo Mandiyú por 12 jogos em 1994, além de ter comandado o Racing em 11 partidas de 1995.
"Às vezes isso acontece. O Maradona foi um grande jogador, e a oportunidade pode aparecer. O importante agora é saber aproveitar, e esperamos que ele tenha muita sorte na nova função", projetou Jorginho, auxiliar de Dunga no Brasil, que também é ex-jogador.
Entre declarações políticas e desejos de boa sorte, Dunga só deu uma cutucada em Maradona. O treinador brasileiro lembrou que tem o mesmo número de títulos mundiais do argentino - o rival venceu a Copa de 1986, enquanto o comandante canarinho ergueu a taça de 1994.
"Cada um se coloca da sua forma. Deus dá um talento diferente a cada um, não faz todo mundo igual. Fico feliz porque ganhei o mesmo que ele, mesmo tendo sido bem inferior. Eu sabia das minhas limitações, e para competir tinha de cuidar do meu corpo, ter postura, adquirir confiança dos torcedores e dos outros atletas", explicou Dunga.
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