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Brasileiras fazem duelo interno por vantagem no Mundial de Roma - 23/01/2009 - UOL Esporte - Natação
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23/01/2009 - 12h22

Brasileiras fazem duelo interno por vantagem no Mundial de Roma

Maurício Dehò
Em São Paulo
Início de temporada, nadando em casa. Só isso já seria motivo suficiente para as brasileiras Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto, respectivamente quinta e sétima colocadas nos Jogos de Pequim, brigarem com unhas e dentes pela vitória. Mas, para apimentar ainda mais a disputa, a etapa inicial da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas, sábado em Santos (SP), dará vantagem a uma delas no Mundial de Roma, competição mais importante do ano.

Folha Imagem
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As nadadoras, ambas residentes na cidade do litoral paulista, terão um duelo particular. Enquanto a prova dará vaga para as duas melhores brasileiras no Mundial de Roma, apenas a melhor delas poderá levar seu técnico para a Itália, em julho. Assim, não haverá qualquer trabalho de equipe, mesmo com ameaças de rivais estrangeiras.

"Uma ajudar a outra será difícil, pois a competição dá vaga para o técnico", admitiu Okimoto, sem polemizar com a compatriota. "Acho que em nenhum país acontece isso de ajudar. Mas acredito que a rivalidade fica apenas dentro da água. Eu já tenho 25 anos, passei por muita coisa, estou calejada e, para mim, fica tudo na água."

Poliana e Ana Marcela têm uma lembrança ruim de exagerada rivalidade. Ambas saíram prejudicadas de uma disputa entre brasileiras durante os Jogos Olímpicos de Pequim. "Foi uma falta de visão nossa, uma querendo ficar na frente da outra, e acabamos perdendo o grupo. Isso atrapalhou um pouco", admitiu Ana Marcela, à época, na China.

Mesmo com a experiência olímpica, a nadadora de 16 anos também admite que não haverá trabalho em equipe. "Não tem como, do começo ao fim a briga é entre eu e ela. Nós somos amigas, mas quando entramos na água é cada uma por si. É óbvio que cada uma quer levar seu técnico", afirmou ela.

A importância da etapa é tanta, que Poliana diz estar se preparando desde que encerrou a participação em Pequim. "É a primeira prova que vou fazer no ano, mas já penso nela desde as Olimpíadas, por valer vaga para o Mundial, principal competição do ano", disse ela, que espera carimbar o passaporte de seu técnico, Ricardo Cintra, para a Itália. "Ele também não teve férias, passou ano novo na borda da piscina, então quero nadar muito bem para ser a melhor brasileira."

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Com apenas 16 anos, Ana Marcela Cunha já tem uma Olimpíada em seu currículo e se prepara para maiores desafios nas maratonas aquáticas. No entanto, não é só o mar que está nas principais preocupações da baiana. Além de nadar, ela tem de se dedicar aos estudos, consumindo o restante de seu tempo. "Ano passado foi difícil passar de ano, porque tive muitas faltas, mas agora, em um ano sem Olimpíadas fica mais fácil balancear as duas coisas. Já me acostumei a essa rotina", conta.
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Condições
Além da preparação habitual, as brasileiras estão de olho no clima para a disputa da prova. Segundo Poliana, o mar estava tranquilo até o início da semana, com tempo quente. No entanto, uma frente fria mudou totalmente as condições e as nadadoras terão de aguardar até o sábado para saber como terão de enfrentar o mar santista.

Por nadar em casa, Ana Marcela, top 3 na Copa do Mundo, espera ter um reforço de peso, com a torcida local. "Ano passado tinha uma pressão pelas Olimpíadas e dessa vez também haverá, por causa do Mundial. Cada competição é um desafio e acredito que a prova será bastante disputada", afirmou a baiana.

Entre os principais nomes que estão no Brasil para a prova, a alemã Angela Maurer e o italiano Valério Cleri, campeões da Copa em 2008, também competirão na prova de 10 km. A chilena Kristel Kobrich e a italiana Martina Grimaldi também devem ter trabalho às brasileiras.

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