Henrique Barbosa se tornou nesta quarta-feira o segundo homem mais rápido da história dos 200 m peito. O mineiro garantiu o posto ao marcar 2min08s44 na decisão do Troféu Maria Lenk, resultado que lhe valeu o ouro no torneio carioca. O índice do nadador só não é melhor que o do japonês Kosuke Kitajima (2min07s51). E tudo graças a férias de mochila nas costas pela Europa.
Após as Olimpíadas de Pequim, em agosto do ano passado, Henrique tirou férias. Ao lado da namorada, foi para a Europa e, com a mochila nas costas, rodou pelo continente. Parou em Paris, onde encontrou acolhida no Paris Racing Legardere, o mesmo de Hugues Duboscq, três vezes medalhista olímpico.
"Depois de Pequim, eu precisava de férias e fui com minha namorada mochilar pela Europa. Foi turismo mesmo. Mas como queria trocar de país, passei por várias cidades, visitando clubes. Em Paris, aconteceu uma química. O clube dá toda condição e o técnico é especializado em peito", explica o nadador.
Aos 24 anos, ele passou sete nos Estados Unidos, onde se formou na Universidade da Califórnia. Foi aos Jogos Olímpicos de Pequim, mas parou nas eliminatórias. "Hoje, eu treino ao lado de um grande atleta, que me puxa. Eu nunca tive isso e estou sentindo que está fazendo muita diferença. Eu sempre fui mais rápido, mas estou nadando muito na França, estou ganhando mais resistência. Esse tempo é muito em função disso".
Segundo ele, sua performance pode ser ainda melhor. "Acho que ainda tenho algo para tirar dessa prova. No final, eu cometi um errinho. Então, dá para ser ainda mais rápido".
Com isso, nem pensa em voltar ao Brasil. "Eu acho que a adaptação seria difícil. Eu não moro no Brasil há tanto tempo. Hoje, quando eu volto para São Paulo, já sinto bastante a diferença", conta o atleta.
Na última terça, durante a disputa eliminatória, Barbosa havia alcançado o posto de terceiro homem mais rápido da prova ao marcar 2min08s65. O índice era inferior ao de Brendan Hansen (2min08s50), que foi superado nesta manhã.
Atualizada às 11h00