A seleção brasileira feminina de vôlei inicia efetivamente nesta quarta-feira uma longa jornada rumo ao Campeonato Mundial de 2010, a ser disputado no Japão. Seguindo cronograma feito sob medida pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), as comandadas do técnico José Roberto Guimarães entram no torneio classificatório apenas para confirmar a mais do que esperada vaga na competição do ano que vem.
Tal como em 2005, quando o Brasil ganhou seu bilhete para o Mundial da temporada seguinte em Cabo Frio (RJ), mais uma vez o qualificatório será disputado em solo tupiniquim, desta vez nas cidades mineiras de Contagem e Betim. Um deleite para a torcida mineira, para a seleção verde-amarela e para as cinco jogadoras naturais do Estado (Sassá, Sheilla, Fabiana, Adenízia e Camila Brait).
Como se não bastasse o fato de jogar em casa, o combinado brasileiro terá a sua frente três adversários relativamente fáceis. A Venezuela, adversária da estreia, segue com representatividade quase nula no voleibol mundial. A Argentina, acompanhando o crescimento de seu time masculino, já começa a dar sinais de uma geração promissora, mas ainda distante do alto nível de brasileiras e europeias. Por fim, o Peru, apesar da evolução apresentada, ainda está distante do time que chegou a ser vice-campeão mundial em 1982.
Ainda assim, sem motivos para reclamar, o elenco brasileiro prefere atenuar o enorme favoritismo. "É preciso tomar cuidado", alertou Zé Roberto, referindo-se ao bom desempenho de argentinas e peruanas na Copa Pan-Americana disputada no início deste mês em Miami. "Queremos garantir uma das vagas para o Mundial aproveitando a chance de jogar em casa e ao lado da nossa torcida".
Na prática, o que se desenha para o quali sul-americano é uma briga entre Argentina e Peru. Duas seleções se classificam para o Mundial, e como a vaga brasileira é quase certa, a disputa maior fica entre estas outras duas equipes.
Enquanto isso, embora fale com cuidado sobre a classificação praticamente assegurada, a seleção brasileira entra em quadra para retomar o ritmo de jogo com vistas ao Grand Prix, que começa no próximo dia 31 de julho e será o primeiro grande teste da seleção neste início de ciclo olímpico. "Estes cinco jogos do Classificatório antes do Grand Prix serão importantes para o time ganhar mais ritmo de jogo, além de servir também como entrosamento para a próxima semana", admitiu Zé Roberto.
O Brasil estreia no classificatório nesta quarta-feira, às 19h (de Brasília), contra a Venezuela. Na quinta-feira, no mesmo horário, o time enfrenta a Argentina. Já na sexta, no encerramento da primeira fase, as brasileiras encaram as peruanas às 17h. As seleções voltam a se enfrentar no sábado, nas semifinais, e a grande decisão será disputada no domingo.