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Musas podem perder espaço no MMA após a compra do Strikeforce pelo UFC

Musas podem perder espaço no MMA após a compra do Strikeforce pelo UFC

28/07/2011 - 07h00

Compra do Strikeforce pelo UFC pode tirar espaço de mulheres no MMA

Rubens Lisboa
Em São Paulo

Modalidade com ascensão mundial, o Mixed Martial Arts (MMA) pode colocar em risco o espaço para as mulheres após a compra do Strikeforce pelo UFC e o pouco interesse de Dana White, presidente do Ultimate Fighting Championship, em promover as lutas femininas.

O Strikeforce é o maior evento do MMA tendo lutas femininas, mas Dana White justifica apontando a pouca quantidade de boas lutadoras como motivo para não investir em algo que pode não lhe dar o retorno esperado.

“O problema com lutas femininas - era um problema no boxe e agora também é no MMA - é que você não tem lutadoras suficientes que sejam boas para criar uma categoria. Você consegue um par de garotas realmente boas e um monte de ruins. Então, se você conseguir criar uma categoria inteira de mulheres talentosas, dou todo o meu apoio”, opinou Dana White.

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Marloes Coenen Lutadoras Miesha Tate
19 Vitórias 11
4 Derrotas 2
Ex-campeã da categoria meio-médio Títulos no Strikeforce Campeã da categoria meio-médio

A alegação do empresário é contestada por lutadoras dos Estados Unidos e não fica por menos no Brasil, que tem o crescimento no número de mulheres iniciando carreira na modalidade e ainda conta com Cris Cyborg, que recentemente renovou seu contrato com o Strikeforce para mais quatro lutas e é considerada uma das melhores lutadoras, ostentando o cinturão dos médios.

Empresário de Cris Cyborg, Rudimar Fedrigo contesta as opiniões de Dana White e lembra que o presidente do UFC costuma querer polemizar quando não precisa.

"A opinião do Dana White, também... Às vezes ele fala umas coisas que não tem nada a ver. Eu acho completamente indelicado da parte dele ele ficar aposentando lutador, por exemplo. Quem tem que decidir quando vai aposentar é o atleta e não o presidente de uma entidade, isso eu acho um absurdo", afirma o empresário.

"Eu acho que é mais um preconceito mesmo, de fato tem um pouco nos Estados Unidos, como no boxe feminino. Não acredito que seja questão técnica, é mais o preconceito subjetivamente inserido nas pessoas", completa Rudimar Fedrigo.

BRASILEIRA VALORIZADA


A Cris tem um valor bem considerável. No Brasil é uma das pessoas que mais recebe para lutar, posso garantir porque sou empresário, sei os valores e posso confirmar que deve ser a mulher no mundo que mais recebe para lutar

Rudimar Fedrigo, empresário de Cris Cyborg sobre valores pagos para mulheres no MMA

O empresário acredita que Dana não deve intervir no Strikeforce na questão das lutas femininas e lembra que lutadoras como Cris Cyborg acabam fazendo eventos mais badalados do que outros que contam apenas com lutas masculinas.

"Eu acredito que não afeta tanto, porque a programação das lutas femininas vai continuar, tanto que a Chris assinou para mais quatro lutas. A perspectiva é de que aos poucos a mulherada vai conquistar o seu espaço. Acho que tem espaço suficiente para as mulheres. Vejo muitas meninas querendo uma oportunidade", explica Fedrigo, que lembra que a bolsa recebida por Cris Cyborg para lutar (ele não cita o valor) está entre as maiores do mundo no MMA em geral.

A lutadora brasileira Carina Damm também não se diz preocupada com o risco de o MMA feminino perder espaço caso Dana White interfira no Strikeforce.

"Existem outras grandes companhias crescendo muito como Shark Fights e o Bellator, que serão algumas das maiores companhias do MMA Mundial. O mercado do MMA feminino não depende exclusivamente do UFC ou Strikeforce", afirma Damm, considerada uma das musas da modalidade.

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