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UFC Rio

Tudo sobre a edição 134 do evento, dia 27/08, no Rio de Janeiro

Arte/UOL
Erick Silva posa junto a um dos seus principais mentores no MMA, Anderson Silva

Erick Silva posa junto a um dos seus principais mentores no MMA, Anderson Silva

13/08/2011 - 13h00

Sparring de Anderson Silva, novato chega com status de promessa ao UFC Rio

Maurício Dehò
Em São Paulo

O UFC Rio, no próximo dia 27 de agosto, terá três ícones brasileiros do MMA como protagonistas. Mas não é só de nomes consagrados que o evento se fará. Pelo contrário. Nas 12 lutas, mais de uma dezena de lutadores da casa terão a chance de se firmar no maior evento da atualidade, e um novato chega com status de revelação, tendo sido moldado por alguns dos maiores nomes da modalidade no país.

Erick Silva, um capixaba de 27 anos, tem um enunciado em seu currículo que deixaria qualquer oponente de queixo caído: "sparring de Anderson Silva". Como ele mesmo diz, o Aranha foi um de seus "pais" no MMA, junto com Rodrigo Minotauro, um fator que será levado ao ringue carioca para sua estreia no UFC, após uma carreira ascendente dentro do Brasil.

"A experiência que o Anderson e o Minotauro me passam não tem melhor. Já passei por tudo que teria em uma luta dentro da academia. Não tem quem ofereça mais perigo em pé do que o Anderson, e no chão, o mesmo com o Minotauro", explica o meio-médio, que enfrentará Luis Ramos, o Beição, após Mike Swick (EUA) deixar o card, por lesão.

Campeão do Jungle Fight, hoje o maior campeonato nacional de MMA, Erick vê com empolgação o fato de lutar no Brasil, com uma vantagem em relação aos "padrinhos", que sempre lutaram mais fora de casa.

CONHEÇA ERICK SILVA

NASCIMENTO: 21/06/1984, em Vila Velha (ES)
CATEGORIA: Meio-médio
ESPECIALIDADES: Jiu-jítsu e muay thai
CARTEL: 12 vitórias e uma derrota
ÚLTIMAS LUTAS: Vem de três vitórias
RIVAL: Luiz Ramos, o Beição

Com seus resultados, inclusive, ele acabou "promovido" e não fica mais como sparring dos astros. "Para mim sempre foi gratificante ser sparring, pois você aprende muito. Mas agora posso ter o foco só em mim para estrear no UFC", afirma o capixaba.

Erick planeja deixar seu jiu-jítsu em segundo plano e utilizar as técnicas do muay-thau para definir rapidamente o confronto. "Estou trabalhando para tentar um nocaute, agora me especializei um pouco na luta em pé, com as aulas de muay com o Anderson. Diferentemente do começo, em que vencia quase todas por finalização", explica.

Centroavante se iniciou na "arte suave" dos Gracie

Como muitos dos novos lutadores, Erick é de uma geração que cresceu assistindo às vitórias de Royce Gracie, um dos mestres do jiu-jítsu brasileiro. Foi nesta arte marcial que ele começou sua jornada, depois de uma tentativa frustrada no mais tradicional futebol.

"Antes de entrar para a luta eu jogava bola. Desde pequeno eu jogava num time perto de casa e participei de estaduais. Eu fui ponta-direita e centroavante", conta ele, para detalhar em seguida. "Rapaz, eu corria muito. Era chutar para frente que eu garantia ganhar na corrida. Às vezes marcava, mas ainda bem que mudei de esporte! (risos)"

'Mão do Anderson é pesada. Eu que diga!'

  • Arquivo Pessoal

    Se alguém sabe o que é apanhar de Anderson Silva, Erick Silva é este cara. Mais do que Vitor Belfort ou outras vítimas do Aranha, nos últimos anos o capixaba foi alvo do lutador, por ser seu sparring. "Mesmo em treino, a mão é pesada. Eu que o diga", comenta o ex-sparring. "Sempre ajudei ele mais na parte de botar para baixo, e às vezes conseguia vencê-lo. Mas lembrando que é um cara que respeito muito. Eu sempre fui o maior beneficiado por estes treinos", diz ele, que segue como aluno de Anderson em aulas de muay thai.

O jiu-jítsu apareceu como uma mera atividade física para o garoto, que já havia trabalhado como vendedor em uma loja de materiais de construção. Como ele evoluiu rapidamente, acabou convidado para uma luta de MMA em 2005 e aceitou o desafio com certa ingenuidade.

"Nunca tinha dado um soco", diz ele. "Eu fui apostando que meu jiu-jítsu ganharia e consegui ser campeão". A partir disso, colocou na cabeça que teria de aprender outras artes marciais para manter o crescimento e até abriu sua própria academia no Espírito Santo.

A história com Anderson e Minotauro surgiu do convite de um empresário para treinar no Rio e determinou seu crescimento. Com a entrada no Jungle Fight, suas visitas aumentaram de número, e recentemente Erick se mudou em definitivo para a capital fluminense, para poder se preparar da melhor maneira possível para a estreia no UFC e para subir degraus ainda mais altos dentro do esporte.

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