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Ligas domésticas seduzem atletas ''importadas'' e turbinam favoritas no Mundial - 24/09/2010 - UOL Esporte - Basquete
UOL Esporte Basquete
 
24/09/2010 - 07h00

Ligas domésticas seduzem atletas ''importadas'' e turbinam favoritas no Mundial

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Rússia e Espanha estiveram, nos últimos anos, entre as melhores seleções de basquete feminino do planeta. No Mundial da República Tcheca, contudo, as equipes foram elevadas à condição de favoritas graças à naturalização de atletas estrangeiras ao grupo. Sancho Lyttle, pela Espanha, e Becky Hammon, na Rússia, tiveram em comum grandes passagens pelas ligas domésticas de seus novos países antes de se incorporarem às seleções nacionais.

OS "REFORÇOS" ESTRANGEIROS

  • Fiba/Divulgação

    Pivô Sancho Lyttle se naturalizou espanhola em junho e reforça o carente garrafão da seleção

  • Fiba/Divulgação

    Norte-americana, a armadora Becky Hammond "estreou" pela Rússia nos Jogos de Pequim-2008

Tanto a Liga Russa quanto a Liga Espanhola de basquete feminino figuram entre as competições mais competitivas fora dos EUA, agregando as principais atletas do mundo no período de recesso da WNBA.

Natural de São Vicente e Granadinas, um pequeno país formado em sua maioria por ilhas caribenhas, Sancho Lyttle iniciou sua carreira no basquete apenas aos 18 anos, mas em apenas nove anos de prática se tornou uma das principais pivôs da WNBA, atuando com as brasileiras Erika e Iziane no Atlanta Dream.

Enquanto não brilhava na liga norte-americana, contudo, a caribenha destacava-se na Liga Feminina da Espanha, onde atuou no Perfumerias Avenida nas últimas duas temporadas. Disputando a competição local desde 2006, Sancho se naturalizou espanhola em junho deste ano, reforçando o carente garrafão da equipe europeia.

“Quando em meu clube comentaram a possibilidade de eu me nacionalizar tive dúvidas. Não tinha claro se queria fazer isso”, afirmou a pivô antes do Mundial. Com o processo burocrático finalizado, Sancho foge das responsabilidades de ser a estrela do time. “Disse a todos que eu não sou salvadora de nada, só estou aqui para ajudar. Não posso carregar o time nas costas, nem chegar ali e trazer o troféu".

A história da caribenha naturalizada espanhola repete o processo enfrentado por Becky Hammon, mas com cerca de dois anos de atraso. A armadora de 33 anos atuava no CSKA Moscou, na Liga Russa, quando foi convidada pelo diretor da equipe, Igor Grudin, a se naturalizar russa, ainda em 2008.

Não à toa, Grudin era o treinador da seleção nacional nos Jogos Olímpicos de Pequim, quando a atleta debutou com o uniforme vermelho e branco. Preterida pela seleção de seu país, Becky não demorou para aceitar o convite. “Eu só queria estar lá e competir, para saber qual era a sensação”, afirmou a jogadora na época. Antes do Mundial, a armadora havia acabado de encerrar a temporada da WNBA com o San Antonio Silver Stars, anotando médias de 15 pontos e 5,4 assistências por jogo.

O peso que os dois reforços tiveram para suas novas nações pode ser avaliado na primeira rodada do Mundial da República Tcheca. Titular de sua equipe na estreia tranquila sobre o Japão, Becky foi a principal responsável pela organização das jogadas, anotando seis pontos, distribuindo quatro assistências e pegando cinco rebotes, além de duas roubadas de bolas em 27 minutos em quadra. Sancho Lyttle, por sua vez, provou sua importância dentro do garrafão espanhol. Na estreia em que atropelaram a fraca equipe de Mali, a pivô atuou por apenas 19 minutos, marcando 13 pontos, e agarrando sete rebotes.

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