UOL esporte

20/10/2011 - 17h12

Na mira dos ingleses, Ricardo Teixeira só responde perguntas oficiais e atende a Globo

Carlos Padeiro
Em Zurique (Suíça)

Alvo de denúncias sobre propina, o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, mais uma vez se distancia dos jornalistas.

A imprensa europeia, principalmente os ingleses da BBC, é quem cita o nome de Teixeira e de seu sogro João Havelange, ex-presidente da Fifa, na investigação criminal realizada pela Justiça suíça, de 2008 a 2010.

Nesta quinta-feira, durante o evento de divulgação do calendário da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, o mandatário da CBF não concedeu entrevista coletiva.

Respondeu perguntas da apresentadora oficial do evento, sobre os dois torneios de seleções que serão disputados no Brasil. Ao término, saiu rapidamente e parou para falar com a TV Globo.

“Acho que vamos iniciar bem com a abertura de São Paulo, coisa que foi discussão por três ou quatro anos. O Brasil tem tudo pra fazer uma grande Copa e uma grande Copa das Confederações”, declarou à emissora.

Dessa forma, esquivou-se de perguntas sobre a suposta corrupção. Nesta semana, o assunto voltou à tona quando a imprensa inglesa informou que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, pode liberar documentos contra três dirigentes acusados de receber propina, na venda de direitos de transmissão para a empresa ISL durante a década de 1990.

Há um ano, a Fifa vem tentando bloquear a divulgação dos nomes dos envolvidos. Agora, Blatter estaria disposto a surpreender a todos, divulgando as mudanças nesta sexta-feira.

Na CBF, o discurso é de que não existem provas contra Ricardo Teixeira e os jornalistas ingleses ainda estão revoltados porque o país perdeu para a Rússia na escolha da sede do Mundial de 2018.

Placar UOL no iPhone